O “braço de ferro” entre o Grupo Stellantis e o executivo governamental italiano registou outro episódio, com a apreensão por parte da polícia transalpina de mais de 130 unidades do quadriciclo elétrico. A razão? A bandeira italiana num modelo fabricado em Marrocos!

Após a situação que obrigou a Alfa Romeo a trocar o nome do Milano para Junior, uma marca do Grupo Stellantis volta a estar no centro de uma polémica com o estado italiano. Desta feita, tratou-se da apreensão no porto de Livorno, na Toscânia, de 134 unidades do Topolino, um quadriciclo elétrico que é produzido em Marrocos, juntamente com os semelhantes Opel Rocks Electric e Citroën Ami.
Ao apresentar uma bandeira italiana, as autoridades entendem que os veículos estão a violar a lei conhecida localmente como “Made in Italy”, instituída em dezembro de 2003, que impede os produtos produzidos no estrangeiro de serem vendidos com denominações ou símbolos italianos, sob a justificação de que os clientes podem ser induzidos em erro quanto ao país de origem.
Tanto a polícia, como a Fiat confirmaram o sucedido, com a marca da Stellantis a avançar que não cometeu qualquer ilegalidade, uma vez que a origem do Topolino é bem conhecida e que nunca tentou passar o veículo por italiano, apesar de ter sido desenhado em Turim, no Centro Stile local. Em declarações ao jornal italiano La Repubblica, uma fonte da Stellantis confirmou que a bandeira irá ser retirada para evitar mais problemas.
Recorde-se que a Stellantis, detentora das marcas Alfa Romeo, Lancia, Maserati, Abarth e Fiat, está a ser bastante pressionada pelo Governo local, liderado por Giorgia Meloni, devido a eventuais cortes na produção ou à deslocalização de linhas de montagem
Escalando a situação, após a apresentação do Alfa Romeo Milano, o ministro para o desenvolvimento italiano e para o “Made in Italy”, Adolfo Urso, veio a público criticar a escolha do nome do modelo, defendendo que estava a violar a lei uma vez que a sua produção decorrerá em Tychy, na Polónia.
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