Organização testou milhares de baterias e concluiu que longevidade é maior do que o consumidor pensa.
Após a realização de mais de 25 mil testes ao estado de conservação de baterias de automóveis elétricos, a Dekra concluiu que estas tendem a apresentar uma longevidade maior do que a esperada. Talvez ainda mais surpreendente foi terem concluído que uma grande parte das baterias de tração mantêm um “estado de saúde” muito positivo mesmo após a viatura ter percorrido vários milhares de quilómetros.
O estado de conservação das baterias gera, naturalmente, preocupações junto dos condutores e dos potenciais compradores de automóveis elétricos, situação que levou a organização a desenvolver um procedimento de teste rápido para avaliar a sua condição, o qual foi introduzido em 2022. A tecnologia está disponível para cerca de 130 modelos e o procedimento - cuja duração é de cerca de 15 minutos - combina um teste estático com um breve teste de aceleração realizado ao longo de sensivelmente 100 metros.
De acordo com as conclusões da experiência, e tomando como exemplo uma frota de seis táxis Jaguar I-Pace utilizados em Munique, com quilometragens totais compreendidas, sensivelmente, entre 180 mil e 260 mil quilómetros, as baterias revelaram um nível de utilização remanescente entre 95 e 97%. Ainda assim, os investigadores da Dekra concluíram que fatores como o clima e o perfil de carregamento podem influenciar negativamente o envelhecimento da bateria.
A Dekra não é a única organização especializada em testar equipamentos a chegar a esta conclusão. Uma equipa de investigadores da Universidade de Stanford chegou a resultados equivalentes, destacando que algumas baterias de automóveis elétricos podem inclusivamente durar mais 40% do que o previamente esperado. Um dos motivos apontados tem que ver com os hábitos de carregamento e com os perfis de condução, usualmente menos exigentes do que os procedimentos de teste em laboratório.
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