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Foto do escritorPedro Junceiro

Capítulo 11: Fisker declara bancarrota

Atualizado: 21 de jun.

Confirmando os piores indícios, a Fisker pediu falência, colocando um ponto final na história curta da marca de automóveis elétricos. Os problemas de produção e a falta de competitividade “tramaram” Henrik Fisker… pela segunda vez!



A Fisker deu entrada nos tribunais americanos com um pedido de falência no passado dia 17 de junho, concretizando dessa forma os piores receios do seu CEO e fundador, Henrik Fisker, que não conseguiu encontrar investidores interessados em “salvar” a sua marca de elétricos.

 

O Ocean, um SUV de dimensões médias, era o único modelo atualmente em comercialização, tratando-se de unidades em “stock”, já que a produção foi interrompida há alguns meses, com a Magna Steyr, empresa austríaca que construía os Ocean a declarar recentemente que não esperava voltar a produzir o Ocean.



Agora, Henrik Fisker viu-se obrigado a pedir falência, pedindo novamente proteção judicial ao abrigo do Capítulo 11 para reorganização de dívida e pagamento a credores. A este respeito, a Fisker aponta que tem ativos entre 500 milhões de dólares e mil milhões de dólares, para um passivo na ordem dos 500 milhões de dólares.


Esta é a segunda vez que o ex-designer da Aston Martin e da BMW tem de pedir falência para uma marca criada por si, tendo feito o mesmo pedido, em 2013, então com a sua empresa anterior, a Fisker Automotive. 

 

“Tal como outras companhias na indústria de veículos elétricos, encontrámos vários obstáculos macroeconómicos e de mercado que afetaram a nossa capacidade de trabalhar eficientemente. Depois de avaliarmos todas as opções para o nosso negócio, determinámos que a venda dos nossos bens ao abrigo do Capítulo 11 é o caminho mais viável para a companhia”, afirmou Henrik Fisker em comunicado.



Baixas de preços não resultaram 

Face ao crescimento de propostas concorrentes no mercado, sobretudo daquelas que são conhecidas como as marcas de “legado” (as mais antigas e que começaram a sua transição dos modelos de combustão interna para os elétricos), e a diversos problemas de produção dos seus carros, a Fisker acabou por não conseguir gerar o interesse que procurava, vendo-se a forçada a baixar, sucessivamente, os preços do Ocean para tentar escoar o “stock” de automóveis que tinha em inventário.


A marca tinha um plano ambicioso de produzir uma gama completa de automóveis elétricos, procurando também apelar a outros investimentos que pudessem surgir, mas a falência tornou-se irreversível em virtude da falta de liquidez.

 

Enquanto isso, com os problemas financeiros a agravarem-se, a empresa tentou encontrar investimentos de outros construtores para uma parceria, havendo até indicações de negociações avançadas com a Nissan, as quais não chegaram a bom porto, deixando a Fisker em posição ainda mais delicada. 


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