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China disposta a comprar fábricas alemãs

Foto do escritor: Pedro JunceiroPedro Junceiro

As marcas automóveis chinesas poderão beneficiar diretamente dos problemas dos construtores europeus, sobretudo alemães, surgindo informações de que as fábricas na Alemanha estão a ser cobiçadas por algumas das principais companhias da China.



Com as tarifas europeias sobre as marcas chinesas a fazerem-se sentir desde o final do ano passado, começa a ganhar força a necessidade de os construtores chineses passarem a ter as suas fábricas localizadas na Europa. Um dos países que parece estar no topo das prioridades dos fabricantes chineses é a Alemanha, onde algumas fábricas estarão em risco de fechar, nomeadamente, algumas das quais pertencentes à Volskwagen.

 

De acordo com uma informação avançada pela Reuters, que cita responsáveis com conhecimento do tema, os fabricantes chineses estarão interessados em adquirir algumas das fábricas em dificuldades na Europa, mais concretamente, na Alemanha.

 

Isso possibilitaria aos fabricantes chineses localizar a produção de veículos elétricos no continente europeu, contornando a questão das tarifas aduaneiras suplementares impostas em novembro do ano passado pela Comissão Europeia aos veículos elétricos provenientes da China.


Ainda de acordo com a Reuters, qualquer grande investimento deverá ter o aval por parte do Governo local, podendo também tomar parte nas ações de negociação. Citado naquele meio, um porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros da China indicou que as empresas que queiram investir na Alemanha devem poder fazê-lo, lembrando que o Governo local teve uma atitude recíproca para com as companhias europeias que quiseram investir na China.



“A China introduziu uma série de medidas de abertura para criar novas oportunidades de negócio para as empresas estrangeiras... Espera-se que a Alemanha mantenha uma atitude de abertura e proporcione um ambiente de negócios justo, equitativo e não discriminatório para as empresas chinesas investirem”, é citado.

 

Por outro lado, este investimento na Alemanha seria também diferente face aos já anunciados por marcas chinesas em termos de produção na Europa. Já com locais previstos para a construção de fábricas em Espanha, Hungria ou Turquia, o ato de produzir na Alemanha tem maiores implicações salariais e, também, organizacionais, já que o poder dos sindicatos é maior.

 

Recorde-se que a Volkswagen havia anunciado a reestruturação da sua malha produtiva na Alemanha, anunciando mudanças substanciais para as infraestruturas de Dresden e de Osnabrück, encerrando as linhas de montagem nessas duas fábricas, num corte previsto de cerca de 2600 trabalhadores. Entre as mudanças está a passagem da produção do Golf para o México, enquanto o T-Roc Cabrio (produzido em Osnabrück) será descontinuado.

 

O final deste modelo não tem qualquer implicação na produção do T-Roc, que se manterá na Autoeuropa, em Palmela, onde o ano de 2024 foi o segundo melhor de sempre.

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