A Toyota insiste no desenvolvimento da tecnologia de motores de combustão interna alimentados a hidrogénio. A marca nipónica apresentou-se nas 24 Horas de Fuji, no Japão, com um GR Corolla H2 repleto de evoluções técnicas e que cumpriu muitos dos objetivos perseguidos pelos engenheiros da marca.
A Toyota demonstrou progressos na tecnologia de motor de combustão a hidrogénio durante o fim de semana das 24 Horas de Fuji, prova a contar para o campeonato japonês de resistência Super Taikyu, que se disputou no passado fim de semana.
O GR Corolla com o número 32 alimentado a hidrogénio líquido, contou com uma série de melhorias para maior fiabilidade em condições extremas. A maior novidade, segundo a Toyota, prendeu-se com a bomba de hidrogénio líquido, que aumenta a pressão desse combustível antes de o mandar para o motor, cuja durabilidade foi melhorada com o intuito de evitar a sua substituição durante a corrida.
Bomba de hidrogénio líquido estava muito exposta ao desgaste devido à própria natureza da tecnologia, com o combustível injetado diretamente no motor para o processo de combustão.
Novo tanque para maior autonomia
Outra das evoluções apresentadas neste GR Corolla foi o tanque de hidrogénio líquido, que passou de um formato cilíndrico para oval feito à medida, o que aumentou a quantidade de hidrogénio transportado e, consequentemente, a autonomia entre cada abastecimento (o novo tanque tem uma capacidade 1,5 vezes superior à do depósito cilíndrico).
Desde a primeira experiência da marca japonesa com esta tecnologia de motores, a evolução dos depósitos tem sido bastante rápida – em 2022, ainda com hidrogénio gasoso (comprimido a 70 MPa), apresentava uma capacidade de 7,3 kg, elevada em 2023 para os 10 kg, já com hidrogénio líquido e, em 2024, atingindo os 15 kg. A marca ambicionava paragens para reabastecimento a cada 30 voltas (face às 20 anteriores), ou seja, cerca de 135 km a ritmo de corrida, algo que pôde comprovar nesta prova.
Após a prova, Latvala considerou que o carro estava “melhor do que no ano passado” e, apesar de de garantir que ainda está a aprender muita coisa nas suas participações em corridas de resistência, assume que foi “uma experiência divertida”.
Com uma equipa de luxo, composta por Akio “Morizo” Toyoda, Masahiro Sazaki, Masahiko Kondo (diretor do Super GT e da Super Formula no Japão), Hiroaki Ishiura, Yasuhiro Ogura e Jari-Matti Latvala (diretor da equipa de ralis da Toyota), o GR Corolla H2 Concept conseguiu melhorar o seu ritmo face ao ano passado e atingiu o seu objetivo de maior autonomia entre paragens. Ainda assim, também passou muito tempo nas boxes para reparações, terminando a prova na última posição da sua categoria, com 332 voltas completadas, "contra" as 715 cumpridas pelo vencedor da classe, um GR Supra Racing Concept.
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