Dois ePrix no Mónaco
- José Caetano
- 1 de mai.
- 3 min de leitura
À oitava visita da Fórmula E ao Principado do Mónaco, e pela primeira vez, fim de semana com dois ePrix em Monte Carlo, no circuito icónico com 3,337 km e 19 curvas. Na primeira corrida do programa, este sábado, às 14h05 de Portugal Continental, segunda experiência com o Pit Boost estreado em Jeddah, Arábia Saudita na ronda três da temporada. O piloto português António Félix da Costa (Porsche) venceu aqui em 2021 e é segundo no Mundial, com menos 15 pontos do que britânico Oliver Rowland, da Nissan.

No Mónaco, este fim de semana, rondas 6 e 7 da Época 11 do Mundial de Fórmula E, campeonato de monolugares elétricos que acelera nas ruas de Monte Carlo desde 2015 – nas três primeiras passagens, recorreu-se a variante do circuito de grande prémio que tinha apenas 1,765 km e 12 curvas, devido às limitações das baterias, mas o progresso tecnológico (rápido) permitiu adotar a configuração da Fórmula 1 em 2021. E, este ano, também pela primeira vez, GEN3 Evo em ação, com a disponibilidade de tração integral nalgumas fases do ePrix, nomeadamente no arranque e durante a ativação do Attack Mode, o que permite antecipar competição ainda mais "feroz" (em 2021, registaram-se 28 ultrapassagens entre os seis primeiros classificados, seis pilotos a passarem pelo comando e Félix da Costa, após ultrapassagem sensacional a Mitch Evans, da Jaguar, na volta final, como vencedor!).
O neozelandês da Jaguar também foi protagonista na corrida do ano passado, que venceu, à frente do compatriota e parceiro de equipa Nick Cassidy. O belga Stoffel Vandoorne, então num DS (atualmente, encontra-se na Maserati) acabou na terceira posição e, no fim das 31 voltas, mais duas do que o previsto, devido a intervenção do Safety Car pilotado pelo português Bruno Correia, Félix da Costa, num Porsche, terminou na sétima, a posição que ocupou na grelha de partida, após qualificação em que “saiu de cena” na primeira ronda de duelos (quartos de final), eliminado por Evans. Então, Pascal Wehrlein, da Porsche, garantiu a “pole”, com 1.29,861 m.

Rowland (Nissan) protege liderança
No calendário da Época 11 da Fórmula E, que arrancou a 7 de dezembro de 2024, em São Paulo, Brasil, com o triunfo de Evans, à frente de Félix da Costa, depois de arrancar da 22.ª posição (a última!), o que demonstra a competitividade da série, 16 ePrix. Encontramo-nos, portanto, a caminho do meio da temporada. Na classificação, Oliver Rowland, da Nissan, primeiro, com 59 pontos (duas vitórias e três pódios em cinco rondas), e António Félix da Costa segundo, com 54 (dois segundos lugares e um terceiro). Em terceiro, dois pilotos, ambos a três pontos do português: o campeão em título, o alemão Pascal Wehrlein, também da Porsche, que venceu em Homestead-Miami, EUA, a corrida que antecedeu esta visita ao Principado, e o britânico Taylor Barnard, da McLaren.
Coletivamente, Porsche primeira no Mundial de Equipas, com 105 pontos, mais 25 do que a Nissan, e Nissan na frente do de construtores, com 146 pontos, mais 26 do que a Porsche. Por tudo isto, Mónaco antecipado com expetativa também entre os pilotos. “Esta corrida, pela localização e a história, encontra-se sempre no topo dos objetivos na nossa temporada. Já aqui ganhei e consegui a ‘pole position’, mas a verdade é que não tenho sido bem-sucedido com a Porsche. Este ano, com os resultados que temos conseguido em qualificação e nos ePrix, estou muito confiante, mas esta jornada é dupla e conta com Pit Boost no sábado, o que torna tudo ainda mais imprevisível», diz António Félix da Costa.

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