A Fórmula E confirmou a introdução do Pit Boost em Jeddah, Arábia Saudita, nas rondas 3 e 4 da Época 11, a 14 e 15 de fevereiro, respetivamente. E, assim, ePrix, ainda mais eletrizantes, com paragens nas boxes de 34 segundos para (re)cargas ultrarrápidas das baterias (600 kW), de 30 segundos, que proporcionam mais 10% de energia (3,85 kWh)!
A Fórmula E e a Federação Internacional do Automóvel (FIA) continuam a trabalhar na promoção da atratividade (e da competitividade) do Campeonato do Mundo de monolugares elétricos, que tem piloto português no comando da Época 11 (2024-25), depois de realizados os primeiros dois ePrix da Época 11 – São Paulo e Cidade do México) – António Félix da Costa (Porsche) segundo em ambas as corridas. Nas rondas 3 e 4 da competição, respetivamente, a 14 e 15 de fevereiro, em Jeddah, na Arábia Saudita, estreia do Pit Boost!
Na Fórmula E, ao contrário do que sucedeu no Mundial de Fórmula 1, que decidiu abandonar os reabastecimentos de combustível em 2010, decisão justificada pela FIA com a necessidade de baixar os custos da competição, incentivar a adoção de estratégias de corrida diferentes (através da gestão da degradação dos pneus, por exemplo) e, sobretudo, melhor a segurança, prepara-se a estreia das paragens nas boxes para recargas ultrarrápidas das baterias (durante 30 segundos, com 600 kW de potência, numa paragem com duração obrigatória de 34 segundos, recupera-se 10% do armazenamento de energia, o que corresponde a 3,85 kWh)!
Somar mais imprevisibilidade a corridas que são sempre muito imprevisíveis é o objetivo do Pit Boost com estreia programada na Fórmula E para a etapa de Jeddah, Arábia Saudita
Teoricamente, o Pit Boost que teve introdução prevista para a Época 10, plano que promotor e FIA abandonaram pouco tempo depois do início da temporada, após a perceção de que a tecnologia, para poder utilizar-se de forma segura, precisava de mais desenvolvimentos (e testes…), representa desafio estratégico extra quer para as equipas, quer para os pilotos, por obrigar à ponderação dos benefícios de parar nas boxes para ganhar energia, contra o risco da(s) perda(s) de posições em pista! Assim, soma-se imprevisibilidade a corridas que são sempre muito imprevisíveis – vimo-lo em São Paulo, no Brasil, com a vitória de Mitch Evans, da Jaguar, depois de arrancar de último da grelha de partida (22.º).
Transferência tecnológica (“Race-to-Road”)
O Pit Boost, de acordo com os regulamentos do campeonato, utilizar-se-á apenas nos circuitos inscritos no calendário que recebem duas corridas (Jeddah, Mónaco, Tóquio, Shanghai, Berlim e Londres) e somente num dos ePrix, devido à obrigação de adoção de protocolos de segurança muito rápidos. E, durante a ação, nenhuma equipa poderá parar os dois monolugares elétricos nas boxes em simultâneo.
Vinte e um dias antes dos ePrix, Fórmula E e FIA comunicarão às equipas todos os procedimentos a adotar durante a utilização do sistema, assim como as “janelas” para os Pit Boost, que serão independentes das estratégias de ativação dos Attack Mode (modo de ataque), programa que garante 8 minutos de aumento na potência máxima dos monolugares elétricos, durante dois períodos distintos da corrida, de 300 kW para 350 kW.
A introdução do Pit Boost sublinha, igualmente, o compromisso da Fórmula E e da FIA no desenvolvimento de tecnologias que contribuam para acelerar a velocidade da mudança de paradigma no automóvel, do motor térmico para o elétrico, já que este sistema é apresentado como plataforma “race-to-road” que pode “derrubar” duas barreiras importantes ao sucesso da fórmula de substituição das mecânicas de combustão interna alimentadas por combustíveis fósseis (gasolina e gasóleo): a eficiência e a velocidade de carregamento das baterias (atualmente, a potência máxima disponível é de 350 kW, mas encontra-se em número muito, muito limitado de pontos de alimentação).
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