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Foto do escritorPedro Junceiro

FMI: eletrificação pode reduzir PIB da Europa

A mudança dos automóveis com motores de combustão interna para os elétricos será benéfica para o ambiente na Europa, mas pode ter impactos negativos na região, segundo o documento "Perspetivas Económicas Mundiais" do Fundo Monetário Internacional (FMI), que antecipa “impactos de grande alcance” nos investimentos, no comércio e no emprego.



Com a indústria automóvel rapidamente a converter-se à eletrificação, o Fundo Monetário Internacional (FMI) alerta que a transição global para os carros elétricos poderá causar grandes mudanças no investimento, comércio internacional e emprego no setor automóvel da Europa. Esta visão foi partilhada na mais recente atualização das previsões de crescimento económico mundial por parte daquele organismo.

 

Se a transição energética parece incontornável, até pelas decisões políticas que têm vindo a ser tomadas nos últimos anos, o FMI revela que os veículos elétricos irão alterar o panorama do setor automóvel em vários níveis, desde a produção ao emprego.

 

“A adoção crescente de veículos elétricos representa uma transformação fundamental da indústria automóvel global. Terá consequências de longo alcance”, indica o FMI, que caracteriza este setor como um de salários altos, grandes lucros, grandes mercados de exportação e um elevado nível de tecnologia.



No entanto, o cenário poderá alterar-se com a passagem acelerada para os veículos elétricos, sobretudo se se mantiver a preponderância da China neste campo, tanto na produção, como na exportação. O FMI revela mesmo nas suas projeções que, em cenários realistas de penetração de elétricos no mercado, o PIB da Europa será reduzido em cerca de 0,3% a médio prazo.

 

Recorde-se que a China tem liderado no desenvolvimento de baterias e também na produção, dispondo de um controlo muito preciso de matérias-primas e de custos de produção, tendo aí uma vantagem em relação aos fabricantes americanos e europeus.

 

Nesse sentido, as autoridades americanas e europeias têm vindo impor taxas aduaneiras suplementares sobre os automóveis elétricos produzidos na China, justificando a medida com os alegados subsídios estatais concedidos aos fabricantes chineses que, dessa forma, conseguem ter custos mais competitivos, logo, preços mais acessíveis.

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