A Honda está aberta à criação de variantes mais extremas de alguns dos seus modelos, posicionando-se acima da gama Type R, que é atualmente a mais desportiva para utilização em estrada. O Presidente da marca diz que a divisão americana da Honda está a avaliar seriamente esta possibilidade.

Assistindo-se a uma procura ainda elevada por automóveis compactos desportivos, a Honda está recetiva quanto à possibilidade de criar versões mais extremas dos seus modelos que seriam posicionadas acima das atuais Type R e Type S (neste caso, dizendo respeito à Acura nos Estados Unidos da América).
A divisão americana de competição da Honda, a Honda Racing Corporation USA, anunciou no último SEMA (certame dedicado à indústria da transformação e de peças para o setor do “tuning”), em outubro, que iria estabelecer um departamento para a comercialização de componentes mais desportivos para os Civic Type R e Acura Integra Type S (modelo que é baseado no Civic), sobretudo na área visual.
Em discussão a possibilidade de se criar uma versão de produção acima dos Type R e Type S
No entanto, a ambição da HRC parece não ficar por aí. Em discussão ao mais alto nível está a possibilidade de a Honda criar uma versão de produção acima dos Type R e Type S, elevando ainda mais o nível de prestações e, de forma expectável, também a exclusividade.
De acordo com o Presidente da Honda Racing, Koji Watanabe, em declarações ao site The Drive, o tema está a ser debatido e pode mesmo vir a resultar na criação de automóveis mais extremos.

“Hoje, ainda não posso confirmar o plano exato, mas sim, deveríamos criar um modelo de alta ‘performance’ em conjunto com o departamento HRC de tecnologias de competição. Ainda não temos planos concretos, mas o primeiro [modelo] seria baseado na gama atualmente existente, como o Integra Type S ou o Civic Type R”, é citado Watanabe.
O Vice-Presidente da HRC, Jon Ikeda, afinou pelo mesmo diapasão e demonstrou-se recetivo quanto à criação de uma versão extrema, como uma variante intermédia entre os modelos de estrada e os de competição. Ou, como Ikeda refere, “no limiar do ponto em que a tua cara-metade não quer andar contigo no carro”.
A decisão terá ainda em conta os constrangimentos regulamentares em termos de segurança e de emissões, pelo que não é de esperar um modelo deste género para breve.
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