A Horse, empresa que combina as competências de Renault e Geely, associou-se ao CEiiA para conceber uma tecnologia de transmissão nova para o futuro microcarro desenvolvido em Portugal. O objetivo do projeto é melhorar a mobilidade urbana.
Uma das companhias líderes na conceção e produção de sistemas motrizes de combustão e híbridos, a Horse, associou-se ao CEiiA (Centro de Engenharia e de Desenvolvimento de Produto) para o desenvolvimento de transmissão novo para aplicação em veículos ligeiros, nomeadamente num futuro microcarro português. E este mercado está em crescimento.
Esta transmissão “redutora” é a primeira de uma geração nova de tecnologias desenhadas, desenvolvidas e produzidas internamente pela Horse, na fábrica de Aveiro, anunciando-se para breve o arranque da produção dos primeiros protótipos.
Cada uma dessas unidades será montada no BEN, microcarro de classe L7e, que está a ser desenvolvido pelo CEiiA e será usado num serviço novo de mobilidade, o X4US, com vista à aceleração da neutralidade carbónica nas grandes cidades. Este veículo será desenvolvido e testado pelo centro português, ainda na fase de pré-produção e durante a primeira metade do próximo ano, em diversas cidades do nosso País, tendo por objetivo a sua aprovação durante a segunda metade de 2025.
A cadeia de valor para este microcarro está baseada em Portugal, devido ao envolvimento de outras empresas que atuam globalmente. O BEN sucede outros projetos do mesmo estilo, como o Buddy de 2008 ou o Toyota APM em ação nos Jogos Olímpicos de Paris.
A produção em grande escala do novo componente da transmissão poderá ter início já no segundo semestre de 2025, com um máximo de 20.000 unidades por ano entregues a partir da fábrica de Portugal. Esta iniciativa pretende ser um modelo para outras cidades em todo o mundo, com o CEiiA a planear a ampliação do veículo para uma utilização em massa.
Segundo Patrice Haettel, Diretor Executivo da Horse, a oferta é uma novidade para a companhia, sendo a “primeira tecnologia que a equipa concebeu, desenvolveu e fabricou completamente internamente – um momento decisivo para a marca”.
“Não existe uma solução única para resolver os desafios globais da descarbonização ou da mobilidade urbana e vemos esta tecnologia como um dos muitos produtos que respondem a estes desafios”, acrescentou.
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