Posiciona-se no segmento B, produz-se apenas como híbrido (136 cv) e satisfaz a ambição de crescimento da marca na Europa. Apresentação e impressões do primeiro contacto (estático…) com o subcompacto.
O LBX, potencialmente, é o automóvel mais importante na história da Lexus na Europa. Baseado na mesma arquitetura técnica do Toyota Yaris Cross, o Sport Utility Vehicle (SUV) posiciona-se no segmento B, categoria nova para a marca nipónica que concorre no mercado premium. E, na prática, isto significa que o subcompacto com 4,190 m de comprimento e 2,580 m entre eixos não renuncia a nenhuma das características que associamos ao concorrente de Audi, BMW, Mercedes & Cia., nomeadamente no interior, que mantém uma imagem diferenciada e diferenciadora, materiais e montagem de qualidade e, sobretudo, doses massivas de luxo e sofisticação.
O automóvel mais barato da Lexus no mercado europeu foi criado, precisamente, de olho no Velho Continente, (talvez) por entender-se que as vendas na região não estão ao nível do potencial da marca na região, independentemente de os números anunciarem tendência de crescimento. Sem surpresa, procurando-se democratização que contribua para massificação, investimento em modelo mais compacto e com o formato da moda: (SUV) – em setembro, recorde de quota, com 54% dos registos!
A Lexus, com o LBX, passa a contar com cinco SUV na gama. Este segmento B soma-se a UX (4,495 m), NX (4,660 m), RZ (4,805 m) e RX (4,890 m). A escolha da motorização fez-se só após estudo que analisou as preferências dos clientes à procura de subcompacto. As conclusões (e as consequências!) não surpreenderam: os elétricos são cada vez mais populares, mas privilegia-se, ainda, o primeiro contacto com esta tecnologia e, por isso, fórmula híbrida na pole position.
Motorização
No LBX, variante otimizada do sistema no Yaris Cross, com mecânica de 3 cilindros e 1,5 litros a gasolina (136 cv, 185 Nm) e motor elétrico alimentado por bateria com cerca de 2 kWh de capacidade e composição química e construção novas. Caixa eCVT encarrega-se da transmissão apenas às rodas dianteiras – como acontece no Toyota, também há a possibilidade de dispor de segundo motor elétrico no eixo traseiro do Lexus, opção que aumenta a capacidade de tração sobre superfícies escorregadias, mas o sistema E-Four não entra nos planos imediatos da marca para o mercado nacional. Mas, registando-se procura, considere-se a hipótese!...
A Lexus, para o LBX, promete 9,2 s de 0 a 100 km/h e 180 km/h de velocidade máxima. Comparativamente, o Yaris Cross, modelo com tecnologia quase igual (distingue-os só a bateria, que é de iões de lítio), é menos potente (116 cv) e mais lento (respetivamente, 11,2 s e 170 km/h). A competência da marca no desenvolvimento de híbridos expressa-se, também, na moderação do consumo (média de 4,7 l/100 km), resultado positivo que deriva do facto de o automóvel circular muito tempo de forma elétrica, sobretudo em ambientes urbanos. Neste particular, Toyota igual.
Plataforma
Todos os Lexus são fabricados no Japão e o LBX, apenas o segundo automóvel da marca com três letras no nome (o LFA estreou a fórmula em 2012), o que ilustra a importância do modelo. Confirmando-se as estimativas, 3500 exemplares produzidos por mês, 2000 com destino à Europa (China e EUA fora do roteiro comercial do subcompacto, devido à ausência de procura de SUV com estas dimensões nesses mercados)! Como argumento de sedução, preço atrativo: em Portugal, em meados de 2024, versão básica por 34.950 €. Outras opções no catálogo: Elegant (38.500 €), Emotion (41.500 €), Relax (44.000 €), Cool (44.350 €) e Cool+ (47.500 €). Primeiras entregas apenas na próxima primavera. O representante da marca no nosso País confirma lista com mais de 50 pré-reservas.
O lançamento do LBX acontece cerca de cinco depois da Lexus pensar pela primeira vez na produção de automóvel mais adaptado aos padrões europeus, de forma a tornar-se marca atrativa para os clientes mais jovens. Concorrente de Audi Q2, Mini Countryman ou Volvo EX30, por exemplo, o SUV novo baseia-se na plataforma GA-B (a designação interna da TNGA-B da casa-mãe). Isto é, tem a mesma base do Yaris Cross, mas modificada de forma extensiva, por isso apresentando características e qualidades que o Toyota não tem. Por exemplo, a distância entre eixos e a largura das vias aumentaram, mas o centro de gravidade encontra-se mais baixo. As mudanças beneficiaram a dinâmica e a habitabilidade. Já a mala tem só 332 litros – 397 no Yaris Cross com menos 10 cm de comprimento. Como o modelo com que partilha a arquitetura técnica, o eixo traseiro é de torção nas versões 4x2 e multibraços nas 4x4
Sofisticação
Visualmente, o LBX também representa passo à frente na Lexus. O desenvolvimento no desenho encontra-se na grelha dianteira e nos faróis, que têm desenhos novos. Porém, é no interior que este modelo mais e melhor consegue diferenciar-se de todos os rivais, poucos…, no segmento B, devido tanto à apresentação como à sofisticação. A perceção é de qualidade muito acima da média, o que combina com o posicionamento premium da marca nipónica. O painel de bordo apresenta-se digitalizado, combinando o monitor de 12,3’’ da instrumentação com o ecrã de 9,8’’ do sistema multimédia. Na listagem de equipamentos, extensa, possibilidade de inclusão de Head-Up Display que informações projetadas no para-brisas, dentro no campo de visão do condutor, que está sentado em posição sobrelevada q.b., o que contribui para uma sensação maior de espaço, além de melhorar a visibilidade para o exterior, como é habitual nos SUV.
O LBX tem o sistema multimédia Lexus Link Connect com navegação ligada à Internet, o que garante acesso a cartografia atualizada e informações de trânsito em tempo real. O equipamento incluiu função de reconhecimento vocal, é compatível com Apple CarPlay e Android Auto e admitir atualizações online de software. E os proprietários podem até socorrer-se do telemóvel pessoal tanto para abrirem este automóvel como para colocá-lo em movimento! Adicionalmente, hipótese(s) de personalização do Lexus. Claro que a apresentação do interior, sobretudo no campo dos materiais para os revestimentos das superfícies, todos de origem não animal depende do nível de equipamento, dos couros aos tecidos, mas o nível elevadíssimo da qualidade é transversal à gama. Pormenor que ilustra toda a atenção ao detalhe: a iluminação ambiente (LED) permite-nos optar entre 50 cores e até temas por estados de espírito.
Finalmente, no capítulo das assistências eletrónicas à condução, LBX no topo da classe. No Lexus Safety System+, muitos mais equipamentos que os normativos na categoria – vide o bloqueio automático da abertura da porta quando é detetada a aproximação de outro veículo ou o parqueamento com recurso a… aplicação no telemóvel.
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