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Foto do escritorJosé Caetano

Lotus Theory 1: 1000 cv e três lugares!

Atualizado: 29 de set.

A Lotus, marca da chinesa Geely, está empenhada na eletrificação e na expansão da gama. Confirma-o com este “concept”, o Theory 1, que antecipa a imagem da próxima geração de automóveis de fabricante criado por Colin Chapman em 1948, muito inspirada no Esprit original, o S1 de 1976, dois motores elétricos (combinados, 1000 cv), quatro rodas motrizes e, no "cockpit", três lugares.



No Theory 1, além de desenvolvimentos no desenho, a Lotus investiga, também, a otimização da convivência entre elementos analógicos e digitais, por considerá-la fundamental para a manutenção da emoção associada aos desportivos, já que as tecnologias da eletrificação não representam renúncia ao prazer de condução e à capacidade de aceleração ou à velocidade. De resto, a marca diz mesmo que esta abordagem conceptual tem como objetivo, precisamente, melhorar a experiência de utilização.


A Lotus, no Theory 1, introduz a tecnologia LOTUSWEAR.

A Lotus, neste Theory 1, explora, também, o potencial da tecnologia LOTUSWEAR, que não é mais do que o recurso a material têxtil com sensores em todos os elementos que estão em contacto condutor e dos passageiros (bancos e volante, por exemplo). Assim, com base nos estímulos recebidos dos corpos e, ainda, do estilo de condução e do tipo de estrada, para indicação das curvas, enchem-se ou esvaziam-se cápsulas de ar. O programa também reage em função do modo de ação selecionado (Range, Tour, Sport, Track e Individual) e possui funções adicionais, nomeadamente a interação individual com o sistema de som (os altifalantes integrados nos apoios de cabeça e uma tecnologia de ponta para o cancelamento de som permite que o condutor e os passageiros ouçam fontes de som diferentes e sem interferências).



No Theory 1, monitores OLED percorrem o habitáculo e o perímetro da carroçaria. Estes ecrãs contribuem para a diferenciação visual do automóvel e informam-nos sobre dados tão importantes como o nível de carga da bateria ou alertam-nos para perigo na estrada (aproximações a ciclistas e peões, por exemplo). A tecnologia de iluminação laser é fornecida pela especialista nipónica Kyocera.

 

Nos Lotus, como sempre, peso importante. Para mantê-lo o mais baixo possível, a marca, na produção do Theory 1, utiliza só 10 materiais, todos leves, reciclados e, obrigatoriamente, recicláveis, para reduzir o impacto no ambiente: fibra de vidro à base de celulose, fibra de carbono, titânio, vidro, poliéster, borracha, poliuterano, policarbonato, alumínio e poliuterano termoplástico. “Menos de 1600 kg” é o valor reivindicado para o Theory 1, que tem bateria com 70 kWh de capacidade!



O Theory 1 mede 4,49 m de comprimento e apenas 1,14 m de altura. O sistema de propulsão combina dois motores elétricos, um por eixo, configuração que garante a disponibilidade permanente de quatro rodas motorizes. A Lotus anuncia 1000 cv e até 402 km de autonomia entre recargas, de acordo com a homologação WLTP. E “compromete-se”, ainda, com “performances” excecionais: aceleração de 0 a 100 km/h em menos de 2,5 segundos e velocidade máxima de 320 km/h. Por anunciar, só as potências de carregamento com corrente alternada e corrente contínua.



No estudo, aerodinâmica ativa – o “spoiler” posicionado na traseira muda o ângulo de inclinação em tempo real e de acordo com o modo de condução selecionado – e sistemas de assistência à condução e segurança baseado em quatro LIDAR, seis câmaras HD e diversos radares e sensores, incluindo ultrassónicos, que observam o ambiente que envolve o automóvel num raio de 200 metros – de dia e à noite. Os pneus são Pirelli P Zero Elect (265/35 R20 à frente, 325/30 R21 atrás), enquanto os travões foram desenvolvidos e produzidos pela especialista AP Racing – o sistema inclui quatro discos carbocerâmicos com 390 mm de diâmetro.


A equipa de "design" da Lotus, no processo de criação do Theory, estudo que diz-se poder antecipar superdesportivo para produzir a partir de 2027, inspirou-se no primeiro Esprit, o S1 de 1976. Não é a primeira vez que a marca aborda o "renascimento" de automóvel tão icónico. Em 2010, no Mondial de l'Auto (Paris), apresentou-se mesmo modelo quase pronto a produzir, mas os problemas financeiros da empresa obrigaram, em 2014, ao cancelamento do programa.



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