A braços com graves problemas financeiros, a Fisker continua a procurar investidores que lhe permitam prosseguir no mercado, mas a Magna International, que produz os Ocean, admite já o fim da produção do automóvel elétrico.
A segunda tentativa de Henrik Fisker na indústria automóvel com uma marca própria continua a não recolher perspetivas otimistas quanto ao futuro. Conhecidas as dificuldades financeiras para se manter no ativo – procurando ainda um investidor que impeça a falência –, a marca tem no Ocean o seu único modelo de nova geração ainda em comercialização, até mesmo com grandes descontos.
Esta é uma medida tomada pela Fisker para ajudar a escoar o inventário de automóveis produzidos inicialmente pela Magna International, companhia austríaca com a qual tem um acordo de parceria para a produção do modelo.
Porém, na mais recente conferência de resultados financeiros da Magna com os seus investidores, Swamy Kotagiri, diretor-geral da companhia, deu conta do estado de produção do Fisker Ocean, adiantando que está em pausa, neste momento, e não existem indícios de que possa ser retomada no futuro.
“É importante que eu forneça uma atualização do nosso estado atual relativo ao programa do Fisker Ocean. A produção do veículo está parada. As nossas perspetivas atuais (…) pressupõem que não haverá mais produção. De acordo com a divulgação que fornecemos no nosso formulário de informação anual, esta hipótese reduz as nossas vendas de 2024 em cerca de 400 milhões de dólares e afeta a nossa margem EBIT ajustada em cerca de 25 pontos base”, revelou Kotagiri na conferência telefónica com os investidores, transcrita pelo "site" Yahoo Finance.
A mesma ideia é declarada por Pat McCann, responsável financeiro da Magna International, que também não vislumbra o reinício da produção do Fisker Ocean. Note-se que a marca de Henrik Fisker não confirmou qualquer cenário para o fim da produção do SUV elétrico, mas as afirmações dos principais responsáveis da Magna, empresa que produz automóveis para outras marcas de grande renome, vêm lançar grandes dúvidas sobre o futuro da Fisker.
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