Matrículas de automóveis novos em Portugal "caíram" 7,5% em julho, comparativamente ao mesmo mês do ano passado. Elétricos representaram 22,8% (!) dos registos de ligeiros de passageiros novos vendidos em julho. No acumulado do ano, os números (ainda?...) são positivos, também no frente a frente a 2023, com crescimento de 5,8%.
O mercado automóvel nacional “derrapou” em julho, com um decréscimo de 7,5% em comparação com o mesmo mês de 2023, tendo sido matriculados 17.409 veículos automóveis, de acordo com os dados revelados pela Associação Automóvel de Portugal (ACAP).
Ainda assim, apesar deste decréscimo em julho, o mercado continua a registar ganhos no acumulado do ano: entre janeiro e julho, verifica-se um ganho de 5,8% face ao período homónimo de 2023, com um total de 154.604 veículos novos matriculados nos primeiros sete meses.
No mercado de ligeiros de passageiros, que é o mais relevante em termos comerciais, matricularam-se em julho 14.550 unidades, um decréscimo de 9,5% face ao mesmo mês do ano passado. Entre janeiro e julho, as matrículas de veículos ligeiros de passageiros totalizam 130.967 unidades, o que se traduz numa variação positiva de 3,8% relativamente ao período homólogo de 2023.
No caso dos veículos ligeiros de passageiros movidos a energias alternativas, verifica-se que, em julho, 22,8% foram 100% elétricos, enquanto de janeiro a julho esse tipo de veículo representa 17,2% das matrículas.
Avaliando o mercado de energias alternativas como um todo, considerando também os híbridos (16,1%) e “plug-in” (12,7%), esta tipologia de veículos mantém a maioria, com um total de 53% das unidades matriculadas, enquanto os ligeiros de passageiros a gasolina representam 38,1%.
Os modelos a gasóleo continuam a perder relevância e contam agora 8,9% de unidades matriculadas no cômputo dos primeiros sete meses.
No mercado de ligeiros de mercadorias, verificou-se em julho um aumento de 5,8% face ao mês homólogo do ano anterior, situando-se em 2285 unidades matriculadas. Em termos acumulados, o mercado atingiu 19.149 unidades, o que representa um aumento de 20,6% face ao mesmo período do ano de 2023.
Quanto ao mercado de veículos pesados, o qual engloba os tipos de passageiros e de mercadorias, em julho de 2024 verificou-se uma queda de 2,5% em relação ao ano passado, tendo sido comercializados 574 veículos. Nos sete meses de 2024 as matrículas desta categoria totalizaram 4488 unidades, ou seja, um aumento de 12,2% relativamente ao mesmo período de 2023.
Mercedes-Benz chega-se à frente
Analisando o mercado de ligeiros de passageiros por marcas, a Peugeot voltou a ser a marca mais vendida em julho, com um total de 1625 unidades vendidas, crescendo 4,4% face ao mesmo mês do ano passado e com uma quota de 11,17%, o que lhe permite também reforçar a sua liderança global no mercado entre janeiro e julho.
Mas, voltando ao mês de julho, a segunda marca mais vendida foi a Mercedes-Benz, que matriculou 1394 unidades, sendo aquela que mais cresceu no top 10 em julho – 32,8%, para uma quota de mercado de 9,58%. Depois, na terceira posição, mais uma marca premium, neste caso a BMW, com 1095 unidades registadas e um ganho de 2% face a julho do ano passado (7,53% de quota).
Apenas aquelas três marcas tiveram valores de matrículas acima das 1000 unidades, embora a Dacia tenha ficado perto da fasquia. A marca romena terminou julho com 998 unidades matriculadas, menos 2,2% do que no mesmo mês do ano passado, mas ganhando quota este ano (6,86%), ao passo que a Renault ficou logo a seguir, com 961 unidades, crescendo 2,7% face ao ano passado e com uma quota de 6,60%, também superior à do mesmo período do ano passado.
Entre as companhias do top 10, nota, ainda, para os bons resultados da Toyota, com 839 unidades matriculadas (+5,7%) e Tesla, que registou 551 unidades (+11,1%).
No acumulado do ano, entre janeiro e julho, como já indicado atrás, a Peugeot reforçou a sua liderança do mercado de ligeiros de passageiros, dispondo de 13.188 unidades, ligeiramente abaixo dos 14.470 veículos registados em período idêntico de 2023 (-8,9%). Ainda assim, a marca francesa tem uma quota inferior à do ano passado, com 10,07% contra 11,46%.
A Mercedes-Benz subiu ao segundo lugar da tabela, com 10.027 unidades matriculadas, mais 24% do que em igual período do ano passado e com um reforço da sua quota de mercado (7,66% contra 6,41%), ao passo que a Dacia e a Renault ocupam as duas posições seguintes separadas por escassas unidades. A marca romena regista 9626 unidades, mais 11% do que em igual período do ano passado e com uma quota de 7,35% (face aos 6,87% do ano passado), ao passo que a marca francesa tem um valor de 9610 registos, perdendo 7,6% face a 2023 (perdendo também quota, para 7,34%).
Seguem-se BMW (8089; -0,3%), Citroën (7543; +27,4%), Volkswagen (7014; -15,1%) e Toyota (6938; +3,1%). Em nono lugar, a Tesla é aquela com um crescimento maior entre as dez primeiras da tabela, registando 6021 unidades, subindo 30,8% face ao mesmo período do ano passado.
Mais abaixo, aproximando-se do top 10 das marcas mais vendidas, a Volvo tem beneficiado com a chegada de modelos como o EX30, com a marca sueca a crescer 44,6% no acumulado de 2024 (4430 unidades matriculadas em 2024).
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