Nikola em risco de falência

A Nikola Motors, fabricante de camiões a hidrogénio, estará em risco de falência ao não conseguir atrair novos investidores. A informação é avançada pelo Wall Street Journal na sua edição desta quinta-feira, citando fontes próximas da companhia.

Observada como uma marca disruptiva para o setor dos veículos pesados de mercadorias, a Nikola atravessa agora uma fase delicada, encontrando-se mesmo em risco de falência, de acordo com uma informação avançada pelo Wall Street Journal, que cita fontes com conhecimento do tema.

A Nikola, fundada em 2015, apresentou-se como uma marca disruptiva para o mercado de veículos pesados, concentrando-se sobretudo nos camiões a hidrogénio. Em 2019, estabeleceu uma “joint venture” com o Grupo Iveco para a partilha de tecnologias, tendo o grupo europeu assumido o controlo total da mesma em 2023, enquanto a situação da Nikola veio a complicar-se nos meses seguintes.

Falhando na atração de novos investidores, a Nikola estará já a preparar opções de futuro, entre a venda de parte ou da totalidade do negócio e a reestruturação ao abrigo de um eventual pedido de bancarrota, com o Wall Street Journal, citado pela Reuters, a adiantar que todos estes cenários estão a ser analisados em conjunto com a firma de advogados Pillsbury Winthrop Shaw Pittman.

Numa declaração (8-K) enviada à autoridade de supervisão da Bolsa norte-americana (Securities and Exchange Comission), em dezembro, a Nikola Corporation detalhou alguns dos seus problemas e deixou à vista as dificuldades financeiras que atravessa. “Temos um historial de prejuízos, esperamos incorrer em despesas significativas e prejuízos contínuos num futuro previsível e existem dúvidas substanciais quanto à nossa capacidade de continuar em atividade”, lê-se no mesmo.

“A nossa capacidade de nos mantermos em atividade depende da nossa capacidade de obter o financiamento necessário para cumprirmos as nossas obrigações e pagarmos os nossos passivos decorrentes do curso normal das operações comerciais quando vencerem”, acrescenta-se ainda.