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Ponto final na fusão Nissan-Honda

Foto do escritor: Pedro JunceiroPedro Junceiro

A Nissan e a Honda colocaram um ponto final nas negociações para uma potencial fusão, citando divergências quanto aos caminhos a seguir para o estabelecimento de uma nova companhia. A Nissan terá, assim, de continuar a procurar um investidor para melhorar a sua situação económica.



Chegaram ao fim as discussões para uma possível fusão entre a Nissan e a Honda. Nas negociações levadas a cabo desde a assinatura do Memorando de Entendimento a 23 de dezembro de 2024, as duas marcas japonesas não chegaram a um consenso quanto à estrutura da eventual nova empresa a surgir da fusão, pelo que o plano fica sem efeito.

 

Apesar do potencial para criar o terceiro maior construtor a nível mundial (apenas atrás dos grupos Toyota e Volkswagen), a fusão não avançou em virtude de divergências insuperáveis por parte das duas marcas, sobretudo no caso da Nissan, que apontou o facto de a Honda querer situá-la como mera subsidiária na nova estrutura em vez de um papel de equivalência.

 

“Desde a assinatura do Memorando de Entendimento, as equipas de gestão de ambas as empresas, incluindo os diretores executivos, debateram e analisaram o contexto de mercado envolvente, os objetivos da integração empresarial e as estratégias e estruturas de gestão após a integração”, revela-se em comunicado emitido por ambas as partes envolvidas nas negociações.



“Durante as discussões entre as duas empresas, foram consideradas várias opções relativamente à estrutura da integração empresarial. A Honda propôs alterar a estrutura, da criação de uma ‘holding’ comum, em que a Honda nomearia a maioria dos diretores e o diretor executivo com base numa transferência conjunta de ações, tal como inicialmente previsto no Memorando de Entendimento, para uma estrutura em que a Honda seria a empresa-mãe e a Nissan a filial através de uma troca de ações”, acrescenta ainda o comunicado.


Um acordo para estabelecer uma empresa tripartida com a Mitsubishi também foi cancelado.

Chegando-se a um “beco sem saída” nas negociações, as duas marcas decidiram, “para priorizar a rapidez da tomada de decisões e a execução de medidas de gestão num ambiente de mercado cada vez mais volátil rumo à era da eletrificação, que seria mais apropriada parar as discussões e extinguir o MdE”.



Mantém-se a colaboração 

Porém, apesar deste desfecho, a Honda, Nissan e Mitsubishi manterão um acordo de parceria e de cooperação assinado anteriormente com vista ao desenvolvimento de novas tecnologias de veículos conectados, “software” e de veículos eletrificados.

 

Esse acordo de cooperação procura criar novos valores e maximizar a partilha de conhecimentos num mercado em que a gestão de recursos é cada vez mais importante e a concorrência, sobretudo das marcas chinesas, está em crescimento.



O declínio das vendas da Nissan no mercado chinês, por exemplo, foi apontado como uma das razões para o agravamento dos problemas financeiros desta marca, que irá implementar um programa intensivo de corte de custos, desde despedimentos de mão de obra à revisão das suas estruturas de produção de automóveis.





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