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Próximo Giulia será “crossover”

Foto do escritor: Pedro JunceiroPedro Junceiro

Com o mercado automóvel a adotar cada vez mais a tipologia SUV e “crossover”, as berlinas vão perdendo cada vez mais espaço. O Alfa Romeo Giulia de próxima geração, que chegará ao mercado em 2026, irá também ostentar uma configuração mais “crossover”, conforme nos garantiu o administrador-delegado da marca italiana, Santo Ficili.



Antes de se tornarem a “moda” vigente no mercado automóvel, as berlinas eram uma das tipologias de carroçaria preferidas dos condutores, sobretudo nos segmentos superiores, com praticamente todos os fabricantes a terem propostas do género. No caso da Alfa Romeo ganharam fama modelos como o 155, 156 e 159, linhagem da qual o Giulia atual é sucessor.

 

Porém, a próxima geração do Giulia, assente numa plataforma multienergia STLA Large da Stellantis, também deverá marcar uma viragem em relação ao modelo atual. Quem o afirma é Santo Ficili, administrador-delegado (CEO) da Alfa Romeo, explicando que o mercado das berlinas está cada vez mais pequeno, em contraponto com o dos chamados “Sport Utility Vehicles” (SUV), que continuam a crescer em volume e a ser a aposta preferida por parte dos clientes.

 

“Temos de vender carros e ter clientes. Se a procura vai no sentido dos SUV, temos de lá estar".

“Temos de vender carros e ter clientes. Se a procura vai no sentido dos SUV, temos de lá estar. O mercado das berlinas está a cair. Quando se conduz uma berlina como o Giulia, a sensação [ao volante] é diferente, mas os requisitos dos clientes vão noutro sentido”, adiantou o italiano a E-AUTO durante o passado Salão de Bruxelas.



Ainda assim, espera-se que o Giulia assuma um estilo misto, como um “fastback” dinâmico, uma vez que Ficili explicou-nos que o novo modelo poderá agradar aos clientes que procuram berlinas e SUV.

 

“O novo Giulia irá nessa direção, um modelo que pode satisfazer os clientes das berlinas e também os que procuram um SUV. Será um modelo extraordinário que irá satisfazer ambos os clientes. Mas a berlina clássica vai desaparecer, talvez não totalmente, mas a sua importância será sempre mais pequena”, acrescentou, deixando claro que “é a indústria” [a falar].


Antes do Giulia, a marca irá lançar o Stelvio no final de 2025

 

Antes do Giulia, a marca irá lançar o Stelvio no final de 2025, sendo também um modelo a adotar plataforma eletrificada. Previstos, para já, com motorizações 100% elétricas, ambos os modelos poderão também ser lançados com motorizações híbridas. Tudo em aberto, neste momento, mas dependente das condições do mercado automóvel no que diz respeito à aceitação da eletrificação.

 

“Temos uma plataforma multienergia e estamos aqui para servir o cliente e vender um carro. Claro que iremos responder ao pedido dos nossos clientes. Estamos preparados e estamos também a considerar o facto de os novos modelos poderem ser também híbridos. Estamos a tentar perceber e a tentar encontrar a melhor [solução de] hibridação para os novos modelos”, adiantou. “Não é fácil perceber, também temos de seguir a indicação que chega da governação europeira, que é fundamental para evitar multas. Não é fácil, mas estamos prontos para fazer tudo o que for necessário para satisfazer os clientes”.



SUV em equação para os EUA 

Além disso, a gama poderá também crescer com um modelo de estilo SUV de dimensões maiores do que as do Stelvio, destinando-se sobretudo para o mercado americano. Esse modelo, diz-nos Ficili, continua no plano de produto da Alfa Romeo, mas ainda não foi tomada uma decisão quanto à sua eventual passagem à produção.

 

“Temos um plano de produto e esse modelo ainda lá está. Temos de ir passo a passo, considerar o que está a acontecer na indústria, porque esta transição é muito grande para nós, é uma grande mudança. Mas estamos a olhar para a possibilidade de um SUV maior e mais “premium”. Está no nosso plano”, revelou.


“O problema que temos na América é a rede, não o produto"

 

Sobre o mercado americano, que continua a ser desafiante para a Alfa Romeo, Santo Ficili deu o seu ponto de vista quanto aos problemas que a marca enfrenta na América do Norte. “O problema que temos na América é a rede, não o produto, no sentido em que teremos de desenvolver uma rede nova a funcionar para nós. Vamos ter uma gama de produto adequada para a América do Norte, com os novos Giulia e Stelvio, [mas] para la estarmos com sucesso temos de ter uma rede renovada”.

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