Somente 7,9 s separaram os dois primeiros classificados no final do Rali de Portugal, ronda 5 do Mundial de 2024, a primeira em terra esta temporada. Venceu Sébastien Ogier (Toyota GR Yaris Rally1), que entra na história como o piloto com mais êxitos no nosso País (seis). Armindo Araújo foi o melhor português pela 13ª vez.

Mesmo após oito títulos mundiais, 60 vitórias e 101 pódios, Sébastien Ogier ainda é capaz de surpreender no Mundial de Ralis: desta feita, tornou-se o piloto mais bem-sucedido na história do Rali de Portugal, batendo recorde que partilhava com Markku Alén e perdurava desde 1987. O francês, autor de uma prova irrepreensível, garantiu a 6.ª vitória à geral (2010, 2011, 2013, 2014, 2017 e 2024), que conseguiu com quatro marcas (Citroën, Volkswagen, Ford e Toyota). Já a marca nipónica somou o nono triunfo – quinto consecutivo! –, destronando a Lancia como construtor com mais sucessos no nosso País.
Foi no sábado, na etapa disputada na região norte do país, que o francês assumiu a liderança do rali, ficando apenas com a oposição de Ott Tanak, depois de outros pilotos registarem problemas, os casos do bicampeão mundial Kalle Rovanperä e do nipónico Takamoto Katsuta, ambos em Toyota (que regressaram à ação neste último dia de ação para somarem mais uns pontos para as contas do campeonato, ao abrigo do regulamento).
A diferença máxima entre Ogier e Tanak foi de 18,1 s, mas nem “forcing” final do estónio nas especiais deste domingo, impediram o francês de vencer o rali. "Não tenho nada contra estar empatado com Alén, que é uma lenda. Mas, agora, finalmente aconteceu! Foi um ótimo fim-de-semana, mas não fantástico para toda a equipa”, sublinhou Sébastien, aludindo aos desaires sofridos em termos de classificação geral por Elfyn Evans, Rovanperä e Katsuta.
O piloto da Hyundai tentou manter a pressão sobre o líder, mas acabou o rali a 7,9 s do vencedor. "Definitivamente, foi um fim-de-semana exigente. Tentámos o nosso melhor, mas quando atacas e não te sentes 100% confortável no carro, isso reflete-se no resultado", afirmou.

Com o terceiro lugar em Portugal, o líder do WRC e vencedor da prova em 2018, Thierry Neuville, somou pontos preciosos para a luta pelo título e até aumentou a vantagem no topo da classificação para adversários mais diretos, na sequência da vitória na Power Stage, que atribui pontos suplementares aos cinco mais rápidos.
Thierry Neuville terminou na 3.ª posição e aumentou a vantagem na classificação do campeonato de pilotos, passando a somar mais 24 pontos do que o galês Elfyn Evans, "só" 6.º em Portugal
Adrien Formaux foi o quarto classificado, com o piloto da M-Sport Ford a confirmar-se como uma das boas surpresas da época. “Estou muito feliz. O ritmo foi bom e o carro esteve perfeito. Obrigado à equipa". Menos sorte para o colega de equipa, Grégoire Munster, que abandonou esta manhã, após despiste.

Apesar de ter sido o mais rápido em duas classificativas da etapa inaugural, Dani Sordo (Hyundai) não conseguiu melhor do que uma quinta posição, precedendo Elfyn Evans (Toyota) na classificação, com o piloto do País de Gales a ter um rali marcado por diversos problemas.
Tendo abandonado por acidente na véspera, Rovanperä e Katsuta regressaram no domingo para somarem três pontos e um, respetivamente, ao abrigo da pontuação do último dia da prova.

Emoção até final no WRC2
Jan Solans (Toyota) venceu o WRC2 (primeiro triunfo no Mundial do GR Yaris Rally2!), terminando em oitavo à geral. Derrotou Josh McErlean (Skoda Fabia RS Rally2) por 3,2 s! Lauri Joona (Skoda Fabia RS Rally2) completou o "top-10".
Entre os pilotos nacionais, Armindo Araújo (Skoda) foi, pela 13.ª vez (sexta consecutiva!), o melhor entre os portugueses, sendo 17.º à geral e 11.º entre os Rally2. Os campeões nacionais em título, Ricardo Teodósio/José Teixeira (Hyundai), com uma etapa inaugural marcada por problemas, foram segundos entre os participantes nacionais.

Entre os Rally3, vitória do paraguaio Diego Dominguez (Ford), enquanto nos Rally4 (duas rodas motrizes), Matteo Fontana (Peugeot) superiorizou-se à concorrência.
No calendário do WRC, depois de Portugal, Rali de Itália/Sardenha entre 30 de maio e 2 de junho. É a segunda das sete rondas consecutivas do Mundial em terra.

Comments