“Sem capacete não há gasolina!”

Campanha de segurança na Grécia está a ganhar tração depois da morte de um motociclista de 17 anos num acidente em que a falta de utilização do capacete terá sido determinante. Governo já trabalha em proposta de lei para definir a proibição de fornecimento de combustível a quem não usa capacete.

Um acidente fatal com um motociclista de 17 anos que não usava capacete vai levar a Grécia a proibir o fornecimento de combustível aos “motards” que não utilizam capacete. Esta é a resposta do Governo e das estações de combustível helénicas perante a tendência ainda existente naquele país de jovens motociclistas que se recuam a utilizar capacetes de proteção.

Yiannis Christoulakis foi a vítima mais recente de um acidente de moto, em Creta, dando o início a uma campanha de segurança denominada “Sem capacete não há gasolina” direcionada aos condutores de veículos de duas rodas. A ação iniciou-se naquela ilha, mas rapidamente começou a ser adotada por outros vendedores de combustível na Grécia, com o próprio Governo helénico a demonstrar o seu apoio à decisão.

Mas, mais do que isso, o primeiro-ministro grego, Kyriakos Mitsotakis, também já veio dizer que está a ser preparada uma lei que irá proibir a venda de combustível aos condutores de motociclos que não usem capacete. O regulamento específico desta medida está a ser trabalhado em coordenação entre o executivo e a União das Estações de Combustível da Grécia, de acordo com o site grego Greek City Times.

Os acidentes mortais com motociclistas sem capacete continuam a ser uma preocupação na Grécia. De acordo com um relatório de segurança rodoviária apresentado em fevereiro de 2024 pela Comissão Europeia, os acidentes rodoviários causaram 624 mortes em 2021, com uma grande proporção de fatalidades a resultarem entre os utilizadores de motociclos. Além disso, o mesmo documento apontava que “as taxas de utilização de cintos de segurança entre os ocupantes de automóveis de passageiros e de capacete entre os condutores de veículos de duas rodas na Grécia são muito inferiores à média da UE”.