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Tarifas da mobilidade elétrica baixam em 2025

Foto do escritor: Pedro JunceiroPedro Junceiro

A Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) anunciou a redução das tarifas relacionadas com os intervenientes da rede de carregamento de veículos elétricos. O destaque vai para a tarifa da Entidade Gestora da rede de Mobilidade Elétrica (EGME), aplicável aos Comercializadores de Eletricidade de Mobilidade Elétrica (CEME), que será reduzida em 37,1%, atingindo o seu valor mais baixo de sempre.



As tarifas relacionadas com os intervenientes dos processos de carregamento de veículos elétricos irão baixar a partir de 1 de janeiro de 2025, com a Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) a anunciar a redução em 37,1% da tarifa da Entidade Gestora da rede de Mobilidade Elétrica (EGME) – função que compete à MOBI.E – aplicável aos Comercializadores de Eletricidade para a Mobilidade Elétrica (CEME) e aos Operadores de Pontos de carregamento (OPC).

 

Assim, no próximo ano, de acordo com a Diretiva n.º 13/2024, a tarifa EGME a suportar, tanto pelos CEME, como pelos OPC, por cada carregamento efetuado na rede nacional de carregamento será de 0,1572€, quando, em 2024, o valor era de 0,2499€. Adicionalmente, os valores a aplicar aos Detentores de Pontos de Carregamento (DPC) serão reduzidos de forma ainda mais acentuada: 61,7% (a tarifa diária de 0,0423€ diminuirá para 0,0162€).

 

De acordo com a ERSE, estas reduções significativas devem-se, sobretudo, “ao aumento do número de carregamentos previstos para 2025” e a uma evolução controlada dos custos da EGME.

 

O Regulamento de Mobilidade Elétrica prevê a aplicação de tarifas, aplicada a CEME, OPC e DPC para cobrirem os custos da atividade regulada da EGME, designadamente, o funcionamento da plataforma de gestão, que assegura a interoperabilidade total do sistema, onde o Utilizador de Veículo Elétrico (UVE), com um único meio de acesso, pode utilizar qualquer ponto de carregamento disponível, bem como ter acesso, numa única aplicação, a toda a informação em tempo real sobre o estado da rede de carregamento.



“As tarifas EGME não são de aplicação direta aos UVE, dado que se aplicam aos beneficiários diretos do sistema, mas, na prática, acabam por influenciar os tarifários finais. De acordo com a ERSE, o impacto no custo de carregamento das tarifas EGME em 2025, para um carregamento médio de 9,5kWh, irá variar entre 4,5% e 5,5%, dependendo se o mesmo é efetuado em Média Tensão ou Baixa Tensão”, aponta a entidade, em comunicado.

 

Para o presidente da MOBI.E, Luís Barroso, “esta redução é o reflexo do esforço da MOBI.E em aumentar a sua eficiência, bem como o resultado da consolidação e franco crescimento da mobilidade elétrica em Portugal e permitirá dar ao mercado uma maior folga, para que se torne ainda mais competitivo, ajudando a acelerar a transição energética da mobilidade no nosso país”.

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