Como a Cupra criou Tindaya
- Pedro Junceiro
- 3 de out.
- 2 min de leitura
A Cupra revelou os segredos do desenho do protótipo Tindaya apresentado em setembro, no salão de Mobilidade de Munique, Alemanha. A proposta do fabricante espanhol do Grupo Volkswagen é uma espécie de regresso às origens, por colocar o condutor no centro da experiência. O processo de conceção, desenvolvimento e produção do estudo demorou 15 meses e envolveu diversos departamentos da marca na “órbita” da Seat.
Desde o primeiro momento do programa, os responsáveis pelo programa adotaram o mantra de que a Cupra, sem condutores, não existiria. “Criamos sempre emoções e experiências através dos nossos carros”, explica Julio Lozano, Diretor de Design Exterior da marca. E, sob esta premissa, as equipas trabalharam em conjunto para reinterpretarem a centralidade do condutor na condução.
O resultado é um protótipo com formato do tipo berlina e portas de abertura oposta, abordagem que “liberta” espaço no interior. Por outro lado, os “designers” também quiseram regressar às origens da tecnologia analógica, movimento que a marca apresenta como “Cupra 2.0”. “É o regresso do digital ao físico, ao interagirmos com o interior, o volante, os bancos, a instrumentação. Continuamos a ter uma componente digital marcante, mas, por vezes, percebemos é fundamental compreender o que o condutor deseja. Com o Tindaya, a emoção é mais real do que nunca”, sublinha David Jofré, Diretor de Design de Interiores.
Dar vida ao automóvel
Outro conceito que os “designers” da Cupra quiseram destacar durante todo o processo criativo foi o de “dar vida ao ‘protótipo’”, explica Francesca Sangalli, Diretora de Colour & Trim e de Conceito e Estratégia. “O carro tem alma própria: as suas formas exteriores são inspiradas no corpo humano, o olhar assertivo dos olhos triangulares e a respiração latente da ‘Black Mask’, tudo expressa vida”, diz.
Essa “vida”, como a Cupra lhe chama, é retratada simbolicamente por prisma de vidro no “cockpit”, que Rubén Rodríguez, Diretor de Experiência de Utilizador, descreve como o “coração do modelo”. Outra particularidade do Tindaya é a possibilidade de se transformar, devido às texturas exteriores paramétricas, que permitem mudanças tanto da cor – por exemplo, na dianteira – como da aparência das jantes, de acordo com o ângulo de visão.
Julio Lozano conclui: “Tudo foi pensado para vermos o automóvel sempre em movimento, mesmo quando está parado”.
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