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Fiat equaciona versão térmica da geração nova do 500

Foto do escritor: E-AutoE-Auto

A marca italiana, de acordo com diversas fontes, equaciona a possibilidade o lançamento de versão da geração nova 500 com motor de combustão, para contornar o abrandamento na procura do citadino disponível apenas como elétrico. Confirmando-se, o modelo perde o... "e"!



Lançado em 2021 com motorizações exclusivamente elétricas, a geração nova do 500 tem coexistido com o homónimo com motor térmico (apresentado, originalmente, em 2007), que a Fiat planeia deixar de produzir para o Velho Continente em julho, por já não cumprir as normas de segurança exigidas pela União Europeia (UE). Em seu lugar ficará o Panda (só numa versão Pandina, numa primeira fase), modelo que recebeu uma série de melhorias tecnológicas em matéria de assistentes eletrónicos a condução, tendo produção garantida até 2027, pelo menos, na fábrica de Pomigliano d’Arco, Itália.

 

Ao mesmo tempo, a marca italiana tem observado um arrefecimento na procura de veículos elétricos na Europa, razão na origem do facto de estar a equacionar um plano ‘B’, segundo informa o jornal italiano "Corriere della Sera", que teve acesso a uma abordagem da Fiat aos fornecedores no sentido de vir a produzir uma versão mild-hybrid (MHEV) com motor a gasolina de 3 cilindros apoiado por sistema elétrico suplementar de 48V em Mirafiori, Turim.



“Caro fornecedor, pedimos o favor de avaliar o custo e a capacidade industrial para responder à eventual produção de componentes automóveis destinados ao modelo 331 [NDR: 500e) também na versão com motor de combustão interna para cerca de 175 mil viaturas por ano”.

 

Terá sido este o conteúdo da mensagem que a Fiat enviou a alguns dos seus fornecedores de peças e componentes, publicada pelo Corriere della Sera, de forma a dar ao 500e uma variante alternativa que elevasse a produção naquela fábrica para um valor mais elevado. A informação foi também confirmada pelo Automotive News Europe.

 

Esta possibilidade, que dependerá sempre da decisão final do homem-forte da Stellantis, Carlos Tavares, obrigaria a uma mudança de diversos componentes num veículo que não foi pensado para ser utilizado como um modelo com motor de combustão interna. Recorde-se que a Fiat permanece comprometida com um futuro 100% elétrico.



Questões políticas 

Esta decisão também poderá ser motivada por questões políticas. O Governo liderado por Giorgia Meloni foi um dos mais veementes na tentativa de adiar a proibição da venda de automóveis com motores de combustão na União Europeia a partir de 2035, procurando defender a sua indústria, que está focada, essencialmente, na produção de automóveis térmico – mesmo que as fábricas italianas estejam a passar por processo de reconversão, de forma a preparem-se para a "revolução" tecnológica em curso.

 

Por outro lado, um abrandamento das vendas de elétricos na Europa e a consequente redução na produção poderá acabar por originar cortes laborais, algo que os sindicatos têm receado um pouco por toda a Europa, por saber-se que os elétricos necessitam de menos componentes. Neste sentido, a ideia de adicionar uma versão térmica ao 500e, mesmo se combinada com um sistema "mild-hybrid", poderia ser vantajosa, por permitir manter os valores de produção em Mirafiori, satisfazendo tanto sindicatos como opinião pública.

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