Palexpo não recebia certame desde 2019. No regresso (a meio-gás!) da exposição, 13 estreias mundiais e número de fãs abaixo do ambicionado pela organização

A organização do Salão Internacional do Automóvel, que tem o luso-suíço Sandro Mesquita ao leme, classifica a edição 91 do certame como muito bem-sucedida e fala em regresso promissor de Genebra ao mapa das exposições automóveis, mas os números não admitem interpretação diferente!
Esperavam-se cerca de 200 mil adeptos, “contra” os 600 mil em 2019, na edição 90, mas estiveram menos de 170 mil (168 mil, de acordo com os registos oficiais!) e só as participações de BYD, Dacia, MG Motor e Renault impediram o fracasso de certame com 23 estreias mundiais e europeias e 157 máquinas em exibição, com a geração nova do 5, segmento B disponível apenas com motores elétricos, como “cabeça-de-cartaz”.
Genebra-2024 experimentou, igualmente, formato novo de exposição, que ocupou muito menos espaço que o habitual na Palexpo, com a tentativa de mais interação dos expositores (37) com o público, privilegiando-se experiências imersivas para a comunicação da mudança de paradigma no automóvel. Este ano, estiveram cerca de 2000 representantes dos media na Suíça, número que a organização apresenta como “muito positivo”, desvalorizando o sentimento de deceção dominante entre os jornalistas.
Consumado o regresso de Genebra, a prioridade para 2024, a edição 92 encontra-se prevista para o período de 17 a 23 de fevereiro de 2025, com Sandro Mesquita a comprometer-se com mais participantes – muitas marcas passaram pela Palexpo este ano, na condição de “observadoras”.
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