Fiat Grande Panda Hybrid e 4x4
- José Caetano

- 26 de mai.
- 3 min de leitura
Atualizado: 27 de mai.
A Fiat tem geração nova do Panda. É a quarta desde 1980 e substitui automóvel no mercado desde 2011, mas trata-se somente da primeira com o nome Grande, que deve ao aumento significativo das dimensões e ao reposicionamento no segmento B, a categoria dos utilitários, em vez de no A (citadinos). Este automóvel produz-se na Sérvia, com motorizações elétricas e híbridas. E, na “linha do horizonte”, existe versão com tração integral reminiscente da apresentada, originalmente, em 1983!

A Fiat introduziu o Panda 4x4 em 1983, três anos depois da apresentação do carro citadino com que substituiu o 126 introduzido no mercado europeu em 1972. Esta versão de topo do automóvel com 3,380 m de comprimento, 2,620 m entre eixos e 3 portas desenhado por Giorgetto Giugiaro contava com sistema de tração integral da Steyr-Puch, companhia austríaca com credenciais na conceção e produção de 4x4. O sucesso comercial foi quase instantâneo, por não contar com concorrentes diretos e combinar características surpreendentes para condução fora de estrada, sobretudo em zonas montanhosas e rurais ou sobre gelo, neve e lama, com preço acessível e sentido prático.
O Panda 4x4 tinha suspensão sobrelevada, o que aumentava a altura livre ao solo, proteções inferiores para proteção da carroçaria e dos órgãos mecânicos, e pneus específicos, por isso podendo movimentar-se fora do asfalto sem (muitas!) “dores de cabeça”, razão por detrás do sucesso do pequeno Fiat. E, assim, sem surpresa, este carro com dimensões muito compactas que facilitavam bastante a condução em cidade e o estacionamento conquistou legião de adeptos em muitos países da Europa, mesmo impressionando pouco no conforto e na suavidade de rolamento, devido à firmeza do amortecimento.
A primeira versão tinha motor de 4 cilindros e 903 cc do 127, com 48 cv, mecânica a gasolina partilhada com o 127 que permitia 140 km/h de velocidade máxima e 19 segundos no arranque 0-100 km/h. Em 1986, introdução do 1.0 Fire, primeiro com 50 cv, depois com 54 cv, em versão batizada com nome de submarca da Benetton (Sisley) que contribuiu para a popularidade do citadino. E a mecânica estreada no Uno destacava-se pelo funcionamento eficiente e refinado, manutenção acessível e pacote de equipamento exclusivo – atualmente, devido a esta combinação, este automóvel é, ainda, objeto de coleção.
Tecnologia do Jeep Avenger 4xe
O sucesso do Panda 4x4 fez com que a Fiat nunca renunciasse à tração integral no míni, mesmo nas gerações mais recentes. Por isso, pouco surpreendentemente, a marca de Turim, por ocasião da apresentação da versão híbrida do Grande Panda, também exibiu estudo que antecipa versão 4x4 do segmento B novo. Este modelo, tecnicamente, aproxima-se muito do Jeep Avenger 4xe e prenuncia concorrente do 4 Savane 4x4 que a Renault desvendou muito recentemente, também na forma de “concept”. A Fiat não divulgou as especificações técnicas do protótipo, mas disse que motor elétrico no eixo traseiro assegura a disponibilidade da tração integral, a exemplo do que acontece no Jeep Avenger 4xe com 145 cv, que associa mecânica 1.2 Turbo a gasolina (136 cv) a dois motores elétricos (anterior e posterior), ambos com 29 cv e alimentados por bateria com 0,89 kWh de capacidade nominal.

Esteticamente, o 4x4 diferencia-se “q.b.” do Grande Panda elétrico ou híbrido, por contar com duas mãos cheias de detalhes reminiscentes do Panda 4x4 produzido na década de 1980, da cor escolhida para a pintura da carroçaria e das jantes aos pneus específicos. A plataforma Smart Car do Stellantis, a arquitetura técnica das gerações novas de Citroën C3 e Opel Frontera, carros que também são produzidos com motorizações elétricas e híbridas.
Versão híbrida (110 cv) por 18.600 €
O Grande Panda é fabricado na Sérvia, mas a marca italiana continua a produzir a terceira geração, de 2011, em Itália. Em Portugal, Hybrid com 110 cv com preços a partir de 18.600 € e Elétrico com 113 cv desde 23.547 €. O primeiro tem estreia no mercado nacional programada para o início do verão, enquanto o segundo já está disponível nos concessionários. Para o final do ano, a Fiat anuncia a introdução de motor térmico sem a tecnologia MHEV, que será proposto apenas nos países mais atrasados em matéria de eletrificação do automóvel. O fabricante, terminado este programa de lançamento, conta produzir 300.000 unidades/ano globalmente, que serão produzidas em três unidades, na América do Sul (Brasil) e na Europa (Itália e Sérvia).











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