FIAT Uno Turbo i.e. celebra 40 anos

Mítico “pocket rocket” já é “quarentão”. FIAT produziu cerca de 50 mil unidades do mais radical dos Uno até 1994.

A FIAT está a celebrar o 40º aniversário do icónico Uno Turbo i.e., o pequeno hatchback desportivo que fez furor nas décadas de 1980 e 1990 por ser um dos responsáveis pela introdução da tecnologia dos turbocompressores no segmento. O Uno Turbo i.e. foi a resposta da FIAT à concorrência francesa e alemã para o segmento dos chamados “hot hatches”.

A versão topo de gama foi introduzida no mercado na primavera de 1985, numa altura em que o Uno, com apenas dois anos de comercialização, tinha já superado a marca de 1 milhão de unidades vendidas. Estava equipado com um motor 1.3 litros com injeção eletrónica Bosch, ignição eletrónica Magnetti Marelli e um turbocompressor IHI para debitar 105 cavalos e 147 Nm. Com um peso de apenas 845 kg, acelerava de 0 a 100 km/h em 8,3 segundos e atingia os 200 km/h.

“O Uno Turbo i.e. era muito mais do que um pequeno automóvel desportivo. Era um sonho alcançável e um símbolo de liberdade para toda uma geração cujo coração batia ao ritmo do turbo. Tinha determinação, personalidade e um som inconfundível que fazia girar as cabeças. Era um automóvel que falava aos jovens, mas fazia-o com uma linguagem madura, composta por tecnologia e inovação. Até hoje, quarenta anos depois, é recordado com carinho por quem o conduziu. Alguns carros nunca envelhecem, mas tornam-se símbolos de uma época ou de uma geração que ainda acredita nos sonhos”, diz Roberto Giolito, Diretor, Stellantis Heritage.

Com a introdução da segunda geração, o motor do Uno Turbo i.e. ganhou cilindrada, passando de 1.301 cc para 1.372 cc, bem como um novo turbocompressor T2 da Garrett. A potência subiu para 116 cavalos e o tempo necessário para acelerar de 0 a 100 km/h desceu para 7,7 segundos. Até 1994, altura em que passou o testemunho ao Punto GT, a FIAT produziu cerca de 50.000 unidades do Uno Turbo i.e.

Uma pesquisa rápida nos sites nacionais de vendas de automóveis, diz-nos que o valor atual de um exemplar em bom estado de conservação varia entre os 12.000 e os 19.000 euros. Uma peça rara e em constante valorização.