O consórcio criado pelo engenheiro que ganhou fama com a conceção de monolugares com que Brabham e McLaren conseguiram muitos sucessos na Fórmula 1 criou arquitetura técnica nova. A equipa que trabalhou no projeto concentrou-se, sobretudo, na diminuição do peso, colocando-o cerca de 25% abaixo do de plataforma convencional equivalente. Esta estrutura, confirmando-se os rumores, será utilizada em geração nova de automóveis.

O Gordon Murray Group está a trabalhar no desenvolvimento de uma nova plataforma de conceção ligeira para vir a ser adotada por uma nova família de modelos. Um dos principais objetivos é obter uma estrutura que seja, pelo menos, 25% mais leve do que as atualmente disponíveis no mercado.
A nova plataforma foi batizada de M-LightEn’ – Monocoque, Lightweight and Low Energy – e poderá estar no mercado daqui a apenas três anos, com o seu desenvolvimento a contar igualmente com a participação de outros parceiros. Para já, a empresa está apenas focada num negócio de baixo volume, deixando a produção em maiores quantidades para uma fase posterior do projeto. Este incluirá a investigação, a conceção, a construção e a validação de protótipos digitais e físicos.
Alguns dos componentes utilizados serão construídos com recurso a matérias-primas recicladas, como por exemplo, o alumínio, do qual esperam utilizar cerca de 80% com origem em material desperdiçado no fabrico de outros produtos. O material compósito de fibra de carbono será igualmente produzido com níveis de desperdício praticamente nulos.
O consórcio irá também utilizar tecnologia de inteligência artificial para ajudar a otimizar a plataforma em termos de peso e eficiência, tendo como objetivo uma redução de 33% das emissões de CO2 no ciclo de vida de um veículo. A redução do peso tem igualmente como objetivo o aumento da performance dos novos veículos, cuja chegada ao mercado deverá acontecer em 2027.
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