A cidade de Madrid anunciou que irá revogar as licenças das operadoras de trotinetas partilhadas, justificando esta decisão com o facto de não terem cumprido com as normas de segurança estabelecidas antecipadamente.
Após uma fase de expansão dos serviços de mobilidade partilhada com base em trotinetas, algumas cidades europeias estão agora a apertar o cerco às operadoras. Se Paris já havia proibido as trotinetas partilhadas no ano passado, agora será também a vez de Madrid retirar estes serviços de mobilidade das suas ruas.
O Presidente da Câmara de Madrid, José Luis Martinez-Almeida, revelou esta terça-feira que as autorizações concedidas, há cerca de um ano, às empresas Lime, Dott e Tier Mobility serão revogadas no imediato, assim colocando um ponto final nas suas operações na capital espanhola.
As operadoras de trotinetas em Madrid são acusadas de não cumprirem com os procedimentos de segurança. A autarquia diz que as empresas não garantem o bem-estar dos peões e demais utilizadores das vias públicas da capital espanhola.
Em maio de 2023, aquando da entrega das licenças que deveriam ter uma duração de três anos, o autarca de Madrid exigiu que a Lime, Dott e Tier Mobility deveriam utilizar a tecnologia dos seus serviços para controlar a utilização das trotinetas por parte dos seus clientes, protegendo a segurança dos peões, sobretudo, dos idosos.
Além disso, a autarquia aponta que as empresas não conseguiram impedir a circulação ou o estacionamento em locais proibidos por via da sua tecnologia, falhando a implementação de controlos para ambas as circunstâncias.
Dessa forma, as empresas de trotinetas partilhadas têm até final de outubro para retirarem de utilização todos os veículos, restando, como solução de mobilidade partilhada sem emissões, o recurso às bicicletas BiciMad, rede que será fortemente ampliada.
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