Sétima vitória de Ogier em Portugal
- José Caetano
- há 2 dias
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O francês Sébastien Ogier, num Toyota GR Yaris Rally1, ganhou a edição 58 do Rali de Portugal. Trata-se da sétima vitória do piloto de 41 anos no nosso País, segunda consecutiva, e a segunda no Mundial de 2025. Para a marca japonesa, o 10.º êxito no nosso País, sexto consecutivo, e o quinto neste campeonato, em cinco rondas!

A Toyota continua imbatível na 53.ª edição do Mundial de Ralis (WRC). Cumpridas as primeiras cinco rondas de campeonato com 14 provas, a marca nipónica soma cinco vitórias, duas com Sébastien Ogier (Monte Carlo e Portugal), duas com Elfyn Evans (Suécia e Quénia) e uma com Kalle Rovanpera (Ilhas Canárias). No entanto, desta vez, os Yaris GR Yaris Rally1 tiveram de confrontar-se com os i20 N Rally1 da Hyundai, sobretudo com o de Ott Tänak, estónio que venceu o Super Domingo e a Power Stage, por isso somando, no nosso País, só menos um ponto que Sébastien Ogier, o vencedor da 58.ª edição do Rali Portugal (27 pontos “contra” 28).
Ogier ganhou em Portugal pela sétima vez, a segunda consecutiva, e conquistou a 63.ª vitória da carreira no WRC. O francês terminou a prova com 8,7 s de vantagem sobre Tänak, após 1790,65 km, com os 344,50 km ao cronómetro “arrumados” em 24 Provas Especiais de Classificação (PEC) – e o piloto estónio da Hyundai ganhou metade (12), incluindo cinco num domingo que teve só seis. Na terceira posição, a 12,2 s do vencedor, o finlandês Kalle Rovanpera, também num GR Yaris Rally1.

Portugal é talismã para Ogier, que comemorou a primeira vitória num rali no WRC, precisamente, no nosso País, em 2010, num Citroën C4 WRC, então derrotando o compatriota e companheiro de equipa Sébastien Loeb, por 7,9 s. À época, a prova realizava-se no Algarve! Desde então, o francês ganhou oito títulos e conquistou o estatuto de segundo piloto mais bem-sucedido na história do Mundial, atrás só de Loeb, que conquistou nove campeonatos e 80 ralis durante a carreira na categoria!
Quinze anos depois da primeira vitória, Sébastien mantém-se motivado rápido. “É algo de posso orgulhar-me, continuar competitivo depois de tanto tempo no WRC! O carro esteve ótimo durante todo o fim de semana e mostrámos que dominamos a arte de gerir bem as. Obviamente, sinto-me feliz. Ganhar sete vezes em Portugal não é nada mau! O público apoiou-me desde os reconhecimentos”, disse Ogier. A organização anuncia mais de um milhão de espectadores nas estradas durante os quatro dias da competição.
Ogier também admitiu a “injustiça” do resultado. “Uma luta difícil, o Ott teve azar”, reconheceu. Tänak comandou o rali entre a segunda e a 16.ª classificativas, mas a direção assistida do Hyundai i20 N Rally2 traiu-o e fê-lo perder o tempo que nunca mais conseguiu recuperar. “Andei sempre no limite. Depois daquela deceção, não tinha alternativa: regressava a casa com uma segunda posição ou com volante na mão! E este desempenho, pelo menos, deixa-nos boas perspetivas para o futuro”, disse o estónio, vencedor do Rali de Portugal em 2019, o ano em que conquistou o título mundial.
Thierry Neuville (Hyundai), o campeão em título, acabou na quarta posição, a 38,5 s de Ogier, e Elfyn Evans (Toyota), comandante do campeonato de 2025, terminou na sexta, a 2.31,0 m. “Estamos desiludidos com o resultado, temos de melhorar já na Sardenha”, comentou o galês, que passou a somar 118 pontos, mais 30 do que Rovanpera, 32 do que Ogier, 34 do que Tänak e 40 do que Neuville.

Solberg vence WRC2, Araújo melhor português
Oliver Solberg, em Toyota GR Yaris Rally2, venceu a categoria WRC2, conseguindo a segunda vitória do (primeira na Suécia). O piloto escandinavo dominou o Rali de Portugal de fio a pavio, acabando-o com 51,8 s de vantagem para o francês Yohan Rossel (Citroën C3 Rally2), que mantém a primeira posição no campeonato
Em Portugal, para o piloto sueco de 23 anos, sétimo triunfo na categoria. “A equipa entregou-me um carro impecável e, num fim de semana muito longo, dei sempre o máximo. Os fãs são incríveis, nunca vi tantas pessoas nas especiais”, disse o filho do campeão do WRC de 2003, o norueguês Petter Solberg. Por fim, no WRC 3 e no Junior WRC, vitória do australiano Taylor Gill, num Ford Fiesta Rally3.

Apenas quatro pilotos portugueses terminaram este rali e, pela 14.ª vez e a sétima consecutiva, em 19 participações, Armindo Araújo, num Skoda Fabia RS Rally2, foi o melhor representante nacional, na 26.ª posição. “É motivo de orgulho encontrar-me no pódio do melhor rali do mundo. Foram quatro dias muito intensos, mas não tivemos quaisquer problemas mecânicos e só um furo impediu que vencêssemos no CPR”, disse.
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