Vídeo: Lotus de Senna ao Estoril

No ano em que se celebrou o 40.º aniversário da primeira vitória de Ayrton Senna na Fórmula 1, ao volante de um Lotus-Renault, a Classic Team Lotus e o Festival de Goodwood empenharam-se em trazer de volta aos circuitos o modelo histórico. No programa estava incluída uma demonstração no Autódromo do Estoril, palco do momento histórico de 1985, mas a fiabilidade do Lotus não cooperou.

A 21 de abril de 1985, Ayrton Senna escreveu o seu nome numa lista bastante excelsa – a de vencedores de Grandes Prémios de Fórmula 1. Sob um dilúvio autêntico, o piloto brasileiro conduziu o seu Lotus-Renault 97T até à bandeira de xadrez com grande mestria, dando uma volta de vantagem a todos os outros pilotos com exceção do segundo classificado, Michele Alboreto, da Ferrari (terminando a mais de um minuto, porém).

Depois de já ter surpreendido no seu ano de estreia na modalidade, em 1984, com a Toleman, Senna precisou apenas de mais um ano para se estabelecer como um dos nomes mais fortes da Fórmula 1, prosseguindo depois para uma carreira em que obteve 41 triunfos e três títulos mundiais de pilotos.

Para celebrar o 40.º aniversário desse triunfo em Portugal, o Festival de Goodwood e a Classic Team Lotus, divisão que se encarrega de cuidar do legado do passado de competição da marca fundada por Colin Chapman, trataram de fazer ressurgir o Lotus-Renault 97T utilizado no Estoril, com Bruno Senna, sobrinho do malogrado piloto brasileiro a ter a seu cargo a tarefa de demonstrar o monolugar no 82.º Encontro de Membros de Goodwood, mas também precisamente a 21 de abril, no circuito do Estoril.

No entanto, após problemas mecânicos encontrados em Goodwood, uma semana antes, as demonstrações programadas para o Estoril acabaram por ser abortadas, mesmo que o carro tenha estado em exposição na pista lusa, juntamente com alguns artefactos alusivos àquele feito.

Todo o processo ficou imortalizado num documentário de mais de 40 minutos, com entrevistas a Bruno Senna, que voltou a confessar o “privilégio” que é pilotar mais um modelo tão emblemático na história da Fórmula 1, mas também a Chris Dinnage, ex-mecânico da Team Lotus em 1985, e o seu amigo Keith Sutton, com quem manteve sempre uma relação de proximidade.