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Alpine A390 com três motores e até 470 cv

O A390 é o segundo membro da “Dream Garage” da Alpine e assume-se como o primeiro “crossover” da marca francesa, numa opção que pretende não desvirtuar a sua procura pela agilidade. Chega no final de 2025, com esquema técnico de três motores elétricos e versões de 400 cv e de 470 cv na variante mais potente.


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Sem se desviar do caminho previamente estabelecido no sentido da eletrificação (apesar de algumas marcas rivais já o terem feito…), a Alpine tem no A390 o seu segundo modelo 100% elétrico, mas o primeiro “crossover” e modelo de cinco portas, nascido com o intuito de atrair maior diversidade de clientes, mas sem desvirtuar alguns atributos que são fundamentais no ADN da marca francesa, nomeadamente, a agilidade e a diversão de condução.

 

Embora tire partido da panóplia de recursos disponibilizados pelo Grupo Renault, do qual faz parte, a Alpine optou por desenvolvimento totalmente independente para o A390, que é o seu modelo de dimensões mais generosas: 4.615 mm de comprimento e 2.708 mm de distância entre eixos, permitindo assim acomodar até cinco ocupantes.

 

Mas o estilo é um elemento essencial e a Alpine procurou obter uma carroçaria de linhas arrojadas e em sintonia com o espírito desportivo tradicional da companhia, nomeadamente quando visto de perfil, cuja silhueta recupera livremente a do A110 lançado em 2017 (por exemplo, o pilar C é descrito como réplica exata, até mesmo no posicionamento bandeira tricolor). Este aspeto está firmemente associado à vertente aerodinâmica, que é a preocupação de qualquer elétrico devido a questões de eficiência e de autonomia.


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Neste sentido, o A390 é automóvel muito evoluído, recorrendo a canais de ar na dianteira, junto ao capot e nas extremidades dos para-choques, ao passo que a inspiração no Alpenglow Concept fica patente na secção traseira, com pequeno defletor na tampa da bagageira.

 

A vertente luminosa também se destaca, com triângulos graduais à frente (denominados “Cosmic Dust” pela marca) e também atrás, emoldurando agora a denominação iluminada “Alpine” no centro da faixa de luz horizontal que lhe dá maior sensação de largura. Para não esquecer a sua ligação ao automobilismo, o difusor traseiro tem um ângulo de 8°, igual ao Hypercar do WEC, o A424. Ao nível das jantes, duas opções – de 20 polegadas e otimizadas para maior eficiência na versão GT (400 cv) ou de 21 polegadas, com tema de floco, para a versão GTS (470 cv).


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Cuidado desportivo 

A bordo, a Alpine aposta em imagem “premium” com requinte desportivo. O painel de bordo, a consola central e os painéis das portas são revestidos a pele, não faltando apontamentos também em carbono, pespontos contrastantes em diversos pontos ou a iluminação ambiente sofisticada.

 

O condutor dispõe de painel de instrumentos digital de 12,3 polegadas, com grafismos variáveis, bem como de um ecrã central vertical de 12 polegadas, este orientado ligeiramente na sua direção e incorporando o sistema Alpine Portal com base em tecnologia Android Automotive Connected, o que lhe permite incorporar vários serviços da Google, como o Maps para a navegação, o assistente por voz e acesso à loja digital da gigante tecnológica para descarregar mais aplicações, como o Waze, Spotify ou YouTube Music.


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A sublinhar a essência desportiva, o A390 inclui funcionalidades como a telemetria para acompanhar todos os detalhes técnicos do veículo em tempo real, desafios ou um “coach” virtual que oferece dicas para melhorar a condução, tudo isto a partir de menus dedicados acedidos pelo ecrã tátil central disposto na vertical. O sistema pode ser atualizado “Over-The-Air”, bem como as várias aplicações.


Para manter familiaridade com o A110, a consola central retém aparência semelhante à do coupé atualmente à venda, estando aí os botões de seleção de condução (D, N e R) num patamar sobrelevado, criando-se espaço de arrumação por baixo. O A390 dispõe também de comandos físicos para a climatização e volante desportivo em pele Nappa com base plana. Tal como no A290, apresenta botões especiais em alumínio colorido, inspirados na Fórmula 1, que controlam o nível de regeneração (botão rotativo “RCH”) ou o modo de “boost” de dez segundos e de controlo de arranque (botão vermelho “OV”).


 

O espírito desportivo é ainda complementado pelos bancos Alpine Sport Seat by Sabelt (de série na versão GTS) os quais são revestidos em couro Nappa azul e cinzento (opcionalmente, com inserções em sarja de carbono ou carbono forjado na secção traseira). Os lugares traseiros promovem maior flexibilidade, ainda que a altura nesses seja algo limitada. Por último, o A390 dispõe de 532 litros de bagageira.


Carro de corrida de fato 

O A390 foi desenvolvido com a ideia concreta de ser um automóvel para sentir e não apenas um repositório de “software” sobre rodas, procurando oferecer agilidade idêntica à do A110, um desafio ambicioso atendendo ao aumento de dimensões e de peso – mais de 2 toneladas de peso total no caso do “crossover”.


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No entanto, a Alpine recorreu a uma série de atributos para produzir aquilo que chama de “carro de corrida de fato”. Mas não um fato de corrida. Tomando como ponto de partida a plataforma AmpR Medium do grupo Renault, conta com esquema inédito de três motores elétricos, um à frente e dois atrás, compondo assim um sistema de tração integral (AWD) e que permite implementar o sistema Alpine Active Torque Vectoring (Distribuição Ativa de Binário). É com esta “ferramenta” que a Alpine quer imitar o A110, já que permite variar a potência entregue as duas rodas daquele eixo, auxiliando a precisão em curva.


A composição técnica não varia entre as versões GT e GTS (ou seja, são sempre três motores), mas sim a potência – 400 cv na de entrada e 470 cv na GTS, sendo o binário sempre de 808 Nm. A aceleração dos 0 aos 100 km/h cumpre-se em 3,9 segundos no A390 GTS e em 4,8 segundos no GT. A velocidade máxima é de 220 km/h no A390 GTS.


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Quanto à bateria, trata-se de componente novo desenvolvido em parceria com a Verkor (produção em França), com 89 kWh de capacidade. A bateria tem novidades em termos de gestão térmica, para permitir melhorias no carregamento e na sua eficiência: declara autonomias máximas de até 520 km no GTS e de até 555 km no GT, o que depende também das jantes, sendo o valor maior possível com as jantes de 20 polegadas.

 

Em postos de carregamento DC, admite até 190 kW de potência, procurando privilegiar-se a estabilidade do carregamento o máximo de tempo possível. Utilizando esses postos, a carga da bateria passa de 15% a 80% de carga em cerca de 25 minutos. Para os postos AC, pode receber carregador de bordo de 22 kW opcionalmente, em comparação com o componente de 11 kW de série.


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A suspensão foi totalmente trabalhada para o A390, bem como a direção, sendo que todos os elementos motrizes podem ser alterados de acordo com os modos de condução selecionados pelo condutor, com destaque para o “Track”, indicado para condução em pista e que permite atuação mais empenhada do conjunto.


Previsto para o final do ano, a definição dos preços ainda não está concluída, mas espera-se um valor de base a partir dos 65.000€.

Tudo isto é ainda complementado pelos pneus desenvolvidos em parceria com a Michelin e que serão oferecidos em três variantes: Pilot sport EV e Crossclimate 3 Sport de 20 polegadas e Pilot Sport 4S de 21 polegadas. Algo em que a Alpine também pensou foi numa sonoridade específica para este modelo elétrico, de forma a manter a emotividade auditiva na era da eletrificação. A marca desenvolveu um som característico, mas sem recorrer à imitação de um motor de combustão, declarando que isso não está em linha com o seu conceito de elétrico desportivo.

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cmvmarques
01 de set.
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