A empresa norte-americana da indústria da eletrónica de consumo renunciou ao programa de desenvolvimento de um automóvel, trocando-o por investimento na inteligência artificial generativa
É o ponto final em “novela” com mais de 10 anos de episódios! A multinacional da indústria da eletrónica de consumo criada em 1976 por Steve Jobs, Steve Wozniak e Ronald Wayne, e baseada em Cupertino, na Califórnia, EUA, abandonou o plano para o desenvolvimento, produção e comercialização de automóvel elétrico com o símbolo da maçã. A decisão é a consequência de mudança estratégica que obriga a libertar fundos para projeto novo, que os norte-americanos posicionam entre os mais ambiciosos na história da empresa: inteligência artificial generativa capaz de criar todo o tipo de conteúdos (áudio, foto, texto, vídeo, etc.).
A decisão da Apple foi comunicada apenas internamente e surpreendeu os quase 2000 funcionários que trabalhavam no projeto, de acordo com fontes da empresa, que também contaram que esta informação foi transmitida pelo diretor financeiro Jeff Williams e o vice-presidente que supervisionava este programa, Kevin Lynch. A ideia é “desmantelar” tudo de forma gradual e deslocar a maioria dos membros da unidade Special Projects Group (SPG) para a divisão de inteligência artificial, sob o comando de John Giannandrea, para aumentar a disponibilidade de recursos para o desenvolvimento da IA generativa, cada vez mais prioritário para a companhia.
A Apple ainda não comentou o tema, mas sabe-se que a equipa que trabalhava no iCar tem, também, muitas centenas de engenheiros especialistas em “hardware”, além de “designers”, facto que pressupõe reintegrações noutras unidades e saídas da empresa norte-americana. A decisão surpreendeu tudo e todos, sobretudo por conhecer-se o investimento multimilionário realizado num plano que arrancou em 2014 e tinha como ambição o desenvolvimento de automóvel elétrico autónomo e navegação controlada oralmente.
A Apple, durante estes anos, encontrou diversos obstáculos à concretização deste plano, facto denunciado pelas mudanças sucessivas tanto na equipa que liderava o projeto como no plano estratégico de ação. Lynch e Williams encontravam-se no comando das operações desde a saída de Doug Field para a Ford. As informações mais recentes apontavam para o lançamento do automóvel em 2028, com Nível 2 de condução autónoma (originalmente, pretendia-se vendê-lo com tecnologias de Nível 4…) e preço na ordem dos 100.000 dólares, montante que não assegurava as margens de rentabilidade habituais nos produtos da empresa.
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