BMW não desiste dos 6 e 8 cilindros
- João Isaac

- 21 de jul.
- 2 min de leitura
Responsável da divisão M da BMW assegura continuidade das mecânicas V8 e de 6 cilindros em linha, independentemente da entrada em vigor de norma antipoluição mais restritiva na Europa (Euro 7).

A BMW terá encontrado uma forma de prolongar a vida dos seus emblemáticos motores de 6 e 8 cilindros, normalmente associados aos modelos desenvolvidos pela sua divisão desportiva M. Quem o refere é Frank van Meel, CEO da Divisão M, que confirmou à publicação Autocar, durante a edição deste ano do Goodwood Festival of Speed, que os motores não só cumprirão com a exigente regulamentação Euro 7 como o farão sem qualquer perda de performance associada.
É importante recordar que os níveis de emissões não irão sofrer alterações relativamente à atual Euro 6e, mas os automóveis vão passar a ser submetidos a condições de teste mais exigentes que representem um maior número de cenários de condução, aproximando, assim, os procedimentos de teste de situações reais de utilização dos veículos. Recorde-se igualmente que as emissões de partículas dos pneus e travões serão também analisadas pela primeira vez.

De acordo com as declarações do número um da BMW M, “o desafio nem é tanto o de reduzir as emissões, mas sim manter o nível de performance. A questão essencial é conseguir manter a combinação ideal de ar e combustível durante toda a condução, ou seja, combustão com fator lambda igual a 1. Normalmente, em situações de alta performance, o arrefecimento é feito com o combustível. Com a Euro 7 isso é impossível, pelo que é necessário encontrar outras formas de evitar o aumento da temperatura.”
Não foi, no entanto, adiantada qualquer informação relativa às alterações implementadas pelos “engenheiros M” para alcançar os objetivos de emissões e performance definidos. Foram apenas mencionadas “alterações muito interessantes” que, garantem, serão discutidas ao detalhe numa fase posterior.

Algo que não parece estar no horizonte da BMW M é a adoção de motores de três ou quatro cilindros com uma forte vertente eletrificada. Quando questionado sobre esse caminho, Van Meel terá dito, apenas e só, “não”, defendendo o legado do motor de seis cilindros em linha, bem como a história do motor V8 no mundo da competição.







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