Chineses atraem cada vez mais os europeus
- José Caetano
- 24 de jul.
- 2 min de leitura
A Zeekr Europe, divisão da Geely, conglomerado industrial que integra Link & Co, Volvo, Polestar, Proton, smart ou Lotus, entre muitas outras empresas, organizou inquérito para conhecer as opiniões dos consumidores europeus sobre os carros elétricos e as marcas chinesas. As conclusões, no mínimo, são surpreendentes!

A divisão europeia da Zeekr, marca propriedade do consórcio Geely especializada em mobilidade elétrica, encomendou inquérito pan-europeu participado por mais de 8000 indivíduos para conhecer a opinião dos consumidores europeus sobre os automóveis e as marcas chinesas. A empresa também é chinesa, mas conta com quartel-general na Europa, que integra centro de desenho e investigação, além de estúdio de “design”, infraestrutura que empresa às que possui na China – tem-nas em Ningbo, Hangzhou e Shanghai.
A Zeekr, para completarmos este enquadramento, uma vez que a marca ainda não atua no mercado português, iniciou a entrega de automóveis em outubro de 2021. Neste período, entregou mais de 510.000 exemplares de 001, 001 FR, 009 MPV, X, 007, 7X, MIX e 7GT. E o fabricante tem programa muito ambicioso de globalização, que pretende implementar nos próximos cinco anos, de forma a posicionar-se nos principais mercados internacionais para poder capitalizar a procura cada vez mais expressiva de carros elétricos. E, naturalmente, tem Portugal na “lista de desejos”.
Mas, então, o que concluiu o estudo encomendado pela Zeekr para compreender a forma como os consumidores europeus percecionam os automóveis elétricos e as tecnologias associadas à eletrificação, e as marcas chinesas. E o fabricante da Geely quis, também, informar-se sobre os obstáculos à aquisição de carros novos com esta fórmula de substituição dos motores de combustão interna. O inquérito da autoria da “Markettiers” foi realizado na Bélgica, Dinamarca, Alemanha, Países Baixos, Noruega, Suécia, Suíça e Reino Unido.
Este estudo concluiu que o interesse por automóveis elétricos está a aumentar de forma constante e rápida, com quase três em cada cinco inquiridos a admitirem a compra de carro com a tecnologia até 2030 – no ano passado, num inquérito com as mesmas características, só 42% responderam afirmativamente à pergunta. Os consumidores mais jovens e dos países nórdicos, nomeadamente da Dinamarca e da Suécia, apresentaram as intenções de compra mais fortes, facto que permite a conclusão de que as mudanças culturais e geracionais estão a acelerar o ritmo da mudança no paradigma dominante.

Ainda de acordo com o inquérito realizado pela equipa de “Markettiers”, a opinião sobre as marcas chinesas está a melhorar rapidamente, com 38% dos inquiridos a demonstrarem mais abertura à hipótese de compra de automóvel elétrico “made in” China, comparativamente ao que pensavam apenas há um ano! Isto significa que a perceção dos consumidores europeus sobre estes produtos está a mudar. E quase metade dos inquiridos concordaram que estes carros oferecem boa relação qualidade/preço e 40% reconheceram que os produtos “premium” chineses já são tão bons como os concorrentes que encontram no mercado europeu.
Por fim, o inquérito concluiu que a nacionalidade das marcas ainda é importante, mas é-o cada vez menos, sobretudo entre os consumidores mais jovens e os que são já proprietários de carros elétricos. No que respeita aos obstáculos à compra, autonomia, carregamentos e preços são as barreiras maiores, mas a evolução da t tecnologia e os investimentos em infraestruturas, passo a passo, estão a derrubá-las.
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