Como a mudança de hora afeta a condução
- Pedro Junceiro
- há 1 hora
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A Espanha tem proposta para a Comissão Europeia (CE) para acabar com as duas mudanças anuais de hora, mas o sistema continua em vigor e, por isso, na madrugada de dia 26 de outubro, o relógio atrasa uma hora, o que pode proporcionar-nos, por exemplo, mais 60 minutos de sono na manhã do próximo domingo. Entre as consequências da fórmula, a redução de luz diurna, o que tem impactos até na condução. Saiba como!

As mudanças de hora no verão e no inverno são sempre muito debatidas, existindo adeptos tanto do “sim”, como do “não” à manutenção do sistema. A próxima alteração acontece já no próximo fim de semana, com a entrada em vigor do horário de inverno e o recuo de uma hora nos relógios às 03h00, para as 02h00, na madrugada de domingo, dia 26. E, assim, nos próximos meses, dias mais curtos, o que significa, por exemplo, menos visibilidade por mais tempo, com o aumento no período noturno. E, em dias de chuva, a situação agrava-se.
De acordo com os especialistas em segurança rodoviária, conduzir à noite aumenta muito o risco de acidentes, uma vez que a visibilidade é afetada, negativamente, pela diminuição da luz, o que causa cansaço ocular ou perda de precisão, combinação de fatores que obriga a mudança de abordagem na análise das distâncias de segurança e na avaliação de cenários de risco.

Na prática, o cansaço ocular, que também é provocado pelos faróis dos outros veículos e os reflexos luminosos próximos das estradas. Isto, associado ao cansaço que acumulamos durante os dias, pode perturbar-nos a rapidez de reflexo (logo, a capacidade de reação). Depois da mudança de hora, e até estarmos adaptados à alteração, o risco de sonolência aumenta, e este é fator responsável por muitos acidentes à noite – somam-se os excessos de velocidade e álcool no sangue.
“Durante a condução noturna, a perceção de profundidade, o reconhecimento das cores e até a visão periférica diminuem e o brilho dos faróis dos outros veículos pode cegar-nos, temporariamente”, diz o National Safety Council (NSC), organização sem fins lucrativos que trabalha na área da segurança rodoviária. Para redução dos piscos, aconselha-se moderação na velocidade e paragem na condução aos primeiros sinais de cansaço.