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Dacia Bigster 1.2 TCe 130 cv Mild Hybrid 4x4 Extreme

Atualizado: há 11 minutos

O nome não engana: o Bigster é o maior automóvel na história da Dacia e, por isso, permite à marca romena do Grupo Renault entrar num território que não conhecia, o dos Spor Utility Vehicles (SUV) familiares. Esta versão 1.2 Mild Hybrid 4x4, por tudo o que tem, permite-lhe, também, movimentar-se de forma mais aventureira. E este modelo mantém predicado preponderante: preço muito atrativo/competitivo.


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O Bigster assume posicionamento inédito na gama da Dacia, já que nunca a marca romena tinha contado com SUV maior do que o Duster, automóvel com que tem semelhanças, sim. Este facto não surpreende. Os dois modelos baseiam-se na plataforma CMF-B e partilham a maioria dos componentes.

 

No entanto, o Bigster satisfaz mais as exigências/necessidades das famílias, pois é maior em todas as dimensões do que o Duster: mede mais 23 cm em comprimento (4,570 m) e 4,7 cm entre eixos (2.704 mm), e também tem mais 6 cm em altura. E, assim, este SUV cumpre tudo o que a Dacia promete: aproveitamento ótimo do formato, habitabilidade acima da média no interior, principalmente nos lugares posteriores, capacidade de carga excecional.


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A liberdade de movimentos no interior reflete bem o aumento das dimensões exteriores, com abundância de espaço em todas as direções, mesmo para adultos com estaturas maiores. O Bigster não consegue surpreender apenas na largura, mas admite três ocupantes dos bancos traseiros. No entanto, podem registar-se “apertos”, recomendando-se, por isso, utilização só em viagens curtas e ocasionais.

 

A capacidade da bagageira posiciona-se entre as melhores da categoria: 510 litros no modelo ensaiado, que contava com pneu suplente (150 €). Sem este equipamento, o compartimento disponibiliza 550 litros. Rebatendo os encostos dos bancos traseiros (40/20/40), 1813 litros – ou 1853, sem a roda de substituição.


 

O Bigster destaca-se, ainda, por contar com diversos espaços de arrumação no habitáculo e, também, por contar com os acessórios YouClip da Dacia (fixam-se em pontos de ancoragem específicos). O banco traseiro central pode rebater-se e transformar-se num apoio de braços muito prático: bem visto!


Equipamento completo, preço competitivo

A relação preço/equipamento encontra-se entre as características habituais na Dacia, marca com crescimento importante na Europa, sobretudo entre os clientes particulares. Por isso, no Bigster, mantém-se esta abordagem comercial bem-sucedida. Na versão 1.2 Mild Hybrid 4x4 Extreme (29.550 €) tem acessórios que satisfazem os condutores adeptos de atividades ao ar livre e aventuras fora de estrada – barras de tejadilho modulares, apontamentos pintados em cobre, tejadilho panorâmico, jantes de 18’’, navegação com trânsito em tempo real e sistema de som Arkamys 3D. Estes elementos somam-se aos equipamentos comuns na gama, como o painel de instrumentos digital (tem 10’’ e admite configuração), o sistema multimédia com monitor tátil de 10’’, os faróis LED com máximos automáticos ou a câmara traseira.


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O interior prima pela correção da ergonomia, facilidade de utilização de todos os comandos, posição de condução sobrelevada e, também, comandos físicos para a climatização, opção muito bem-vinda na era da digitalização frenética. Em contrapartida, percebe-se, facilmente, que o plástico rijo predomina no habitáculo (encontramo-lo no painel de bordo e nas portas, por exemplo), opção que permite moderar o custo da produção, mas a construção é robusta. E esta versão Extreme, por contar com apontamentos em cobre, tem apresentação bastante atrativa. Infelizmente, os bancos com revestimentos em TEP MicroCloud aumentam os níveis de transpiração nos dias mais quentes...

 

O painel de instrumentos tem leitura ótima, incluindo do mapa da navegação Waze, ao passo que o sistema Media Nav Live é fácil de utilizar e tem o essencial, nomeadamente submenus para os assistentes de condução e segurança, e desempenho “off-road” (informa-nos sobre a distribuição de potência entre os eixos e as inclinações da carroçaria, por exemplo). Também existem carregador para “smartphone”, conexão sem fios para sistemas Android Auto e Apple CarPlay e até botão que permite adaptar os ADAS às preferências dos condutores – encontra-se no painel de bordo, à esquerda.


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Comportamento muito satisfatório em estradas e estradões

Nesta versão, motor de 3 cilindros 1.2 TCe com 130 cv e 230 Nm. A mecânica é apoiada por sistema “mild-hybrid” (MHEV) de 48 V, mecanismo em que pequeno motor elétrico melhora as “performances” e, sobretudo, reduz os consumos. O dispositivo é alimentado por bateria com 0.8 kWh de capacidade (é recarregada nas desacelerações e nas travagens). A caixa de 6 velocidades tem comando manual e sistema de tração integral conta com modos Off-Road próprios (Eco, Auto, Snow, Mud/Sand e, ainda, para bloqueio do diferencial, Lock).


A motorização deste Bigster garante prestações satisfatórias na grande maioria das ocasiões, sobretudo no programa de condução Auto, que “expõe” mais a assistência elétrica ao motor de combustão, o que tem a vantagem de tornar este SUV mais voluntarioso nas acelerações e nas retomas de velocidade. No Eco, o sistema é menos afoito, principalmente nos regimes baixos, o que obriga a recorrer à caixa para encontramos energia sob o pé direito. O programa Normal é, então, o mais adequado para uma utilização em estrada no dia-a-dia, por permitir condução bastante descontraída com prestações honestas – 0-100 km/h em 11,2 s. No teste, consumo médio de 7 l/100 km, registo acima dos 6,1 l/100 km anunciados pelo fabricante. E, fora de estrada, gasta-se, facilmente, mais de 8 l/100 km.



Os modos Off-Road (incluindo controlo de descida) aumentam a versatilidade do Bigster fora de asfalto, já que a atuação do sistema 4x4, combinada com a altura ao solo muito generosa, permitem a superação fácil de obstáculos de dificuldade média. E esta é outra das facetas de SUV com comportamento seguro, mas que privilegia o conforto, com o amortecimento macio a filtrar bem todas as irregularidades do piso e a não penalizar demasiado a competência em curva, mesmo sem eliminar o rolamento da carroçaria. Ou seja, este automóvel cumpre com as ambições da Dacia.



Marca romena não abdica do primado da racionalidade

O que nos traz à questão da racionalidade. O Bigster é SUV muito focado nas expectativas do condutor típico destes automóveis, mesmo de a Dacia até arriscou mais do que é habitual. A abundância de equipamento e o posicionamento comercial do carro são duas expressões do aumento da ambição (e da maturidade) da marca romena do Grupo Renault.


Os 29.550€ da versão Extreme são “justos” para modelo com estas características. O Bigster pode não ter a sofisticação de muitos rivais, mas apresenta-se quase sem concorrentes num capítulo determinante: a relação preço/equipamento. No Dacia, até os extras são acessíveis: o automóvel à prova, por 31.252 €, tinha pintura metalizada (600 €), Pack Parking (500€) com alerta de ângulo morto e câmara Multiview.


E Duster ou Bigster? A resposta depende das necessidades familiares. O segundo cumpre-as melhor.


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