Diretora da Dacia aluna em Coimbra!
- José Caetano
- há 1 dia
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Katrin Adt, alemã de 53 anos com duas décadas e meia de experiência na Daimler e na Mecedes que estudou Direito na Alemanha (Göttingem) e Portugal (Coimbra), substitui Denis Le Vot, francês de 60, na Dacia, marca romena do Grupo Renault.

O anúncio da saída de Luca de Meo do comando do Grupo Renault, comunicado a 15 de junho e formalizado a 15 de julho – o italiano, depois de carreira muito longa, e bem-sucedida, na indústria automóvel, decidiu mudar de ramo e aceitou convite para assumir o comando da Kering, multinacional francesa que tem marcas como Yves Saint Laurent, Gucci, Balenciaga, Bottega Veneta, Alexander McQueen & Cia. –, iniciou processo de reestruturação na administração do consórcio francês, com François Provost, ex-diretor da Renault Nissan Portugal (2005-2008), a substituir o homem responsável pelo programa “Renaulution” que preparou a empresa para a eletrificação com rentabilidade.
O programa de reestruturação do Grupo Renault, esta segunda-feira, teve capítulo novo, com o anúncio da nomeação de Katrin Adt, alemã de 53 anos, para a direção da Dacia, em substituição do francês Denis de Vot, de 60. E a administradora nova do fabricante romeno, que também tem uma passagem por Portugal no currículo, como estudante de Direito na Universidade de Coimbra, tem duas décadas e meia de experiência na Daimler e na Mercedes-Benz. Recentemente, o consórcio tinha confirmado Fabrice Cambolive, francês de 54, como diretor da marca do losango, que também era comandada por Luca de Meo.

A administração nova do Grupo Renault passa a contar com 17 administradores e Cambolive, cumulativamente, também assume o comando da equipa encarregue do crescimento do construtor. Philippe Brunet é outro estreante na equipa, com o ex-diretor de engenharia de automóveis e motores elétricos da Ampere designado para a função de número um da divisão de tecnologia, sucedendo a Philippe Krief, que mantém, no entanto, o comando da Alpine.
Katrin Adt, na condição de diretora da Dacia, responde, diretamente, a Cambolive, que soma mais funções ao comando da Renault ou do crescimento do consórcio, por também liderar a supervisão do desenvolvimento internacional, privilegiando, principalmente, os investimentos na América Latina, na Coreia do Sul ou na Índia. A alemã, no currículo, tem, também, a direção da smart durante o outono de 2018 e o verão de 2019, coincidindo com a transformação da marca para a produção só de automóveis elétricos.

O Grupo Renault, no primeiro semestre de 2025, registou receitas de 27,6 milhões de euros, mais 2,5% do que no período homólogo de 2024, com o setor automóvel a representar 24,4 mil milhões (+0,5%). As margens operacionais, nos dois casos, diminuíram, e os prejuízos atingiram 11,19 milhões de euros, devido aos impactos negativos da Nissan nas finanças do consórcio – eliminando-os, lucros líquidos de 461 milhões (ainda assim, cerca de menos 70% do que em 2024). Finalmente, nas vendas de carros novos, crescimento de 1,3%, para cerca de 1,17 milhões.
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