Híbrido em série e em paralelo: as diferenças!
- Pedro Junceiro
- 14 de jan.
- 2 min de leitura
Os sistemas híbridos dos automóveis podem ser de diferentes tipologias, dependendo do conceito a utilizar no veículo. Os mais comuns são os híbridos em série e em paralelo, duas ideias que têm como objetivo principal reduzir as emissões poluentes e os consumos de combustível. Mas há diferenças importantes. Fique a conhecê-las.

No advento da eletrificação, os híbridos podem ser um bom ponto intermédio na passagem dos motores de combustão para os 100% elétricos, oferecendo a possibilidade de circular em modo de zero emissões (a diferentes momentos), mas mantendo a autonomia necessária para viagens mais longas, sem constrangimentos de carregamento.
Porém, o próprio conceito de híbrido é distinto consoante a solução utilizada por cada construtor. Existem veículos híbridos em paralelo e em série. O primeiro é o mais comum e popularizado nos anos mais recentes pela Toyota e por outros fabricantes, recorrendo a uma ideia de dois motores que podem funcionar em paralelo.
Isto é, o motor de combustão pode alimentar as rodas de tração, mas também o motor elétrico, sendo que ambos podem também funcionar em combinação para oferecer maior potência quando solicitado. Geralmente, a bateria é mais compacta e o alcance em modo elétrico mais limitado.
Destes, são comuns os modelos da Toyota, como os Prius de gerações anteriores, mas também alguns dos modelos híbridos da Honda.
Por outro lado, a conceito de híbrido em série advoga a ideia de um sistema que funciona em série ou, se se quiser, por um princípio de sucessão. Ou seja, a composição técnica é idêntica, com um motor elétrico e outro de combustão, mas os trâmites de acionamento são distintos. Nestes, a ação de movimentação das rodas é sempre dado ao motor elétrico, cabendo ao motor de combustão a tarefa de gerar energia para a bateria – de maiores dimensões – para que esta, por sua vez, alimente o motor elétrico.

Com bateria de maior capacidade, este tipo de híbridos pode também ser carregado a partir de uma tomada externa, incrementando a sua utilização em modo 100% elétrico sem depender do motor-gerador térmico. Usualmente, este tipo de modelos são também denominados de elétricos com “extensores de autonomia”, por terem no motor de combustão uma forma de estender a autonomia elétrica.
Exemplos destes modelos são, por exemplo, o Nissan Qashqai e-Power.
Seja qual for o tipo de híbrido, o sistema é sempre controlado através de uma unidade eletrónica avançada que avalia diversos parâmetros, incluindo a potência necessária e a carga da bateria para selecionar o melhor modo de locomoção, o que é mais evidente no caso dos híbridos em paralelo, no qual a carga da bateria elétrica é gasta de forma mais rápida.
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