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Há 60 anos que todos os VCL Renault passam por Villiers-Saint-Frédéric

O centro tecnológico da Renault em Villiers-Saint-Frédéric, França, está a comemorar 60 anos, sendo um pilar fundamental na investigação e no desenvolvimento dos comerciais ligeiros da marca do losango. Adaptando-se, cada vez mais, às exigências do mercado, combina os lados físico e digital para a conceção de automóveis mais modernas. Pela primeira vez, abriu as portas à comunicação social para dar a conhecer o trabalho que desenvolve.



Com 125 anos de experiência na produção de comerciais, a Renault orgulha-se de ter um passado particularmente rico na criação de soluções dedicadas às necessidades distintas dos seus clientes profissionais, exaltando o facto de ter sido o primeiro construtor criar uma estrutura dedicada apenas a esta categoria, em 1965.

 

Ocupando um total de 15 hectares e situada a pouco mais de 40 km de Paris, o centro de Villiers-Saint-Frédéric, que tem o nome de “Ingenierie Division Vehicules Utilitaires”, especializou-se na investigação e na criação de comerciais ligeiros, e tem, atualmente, cerca de 1000 funcionários, distribuídos por diferentes áreas, da verificação técnica à fiabilidade e à de criação “phygital”, ou seja, de investigação de cenários que combinam os mundos físico e digital.

 

Este centro técnico nasce, sobretudo, de decisão da marca de reunir num local os recursos essenciais para o desenvolvimento de inovações pensadas apenas para os comerciais ligeiros.


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Desgaste sem parar 

Criada pela SAVIEM, subsidiária da Renault para pesados, Villiers-Saint-Frédéric (VSF) atravessou vários anos de transformações na própria marca, como a fusão, em 1978, da Berliet com a SAVIEM, o que deu origem, à época, à Renault Véhicules Industriels (RVI). Posteriormente, incorporaram-se a Berex (1992) e a Chausson (1994).

 

Na infraestrutura de VSF existem seis áreas-chave para a investigação e o desenvolvimento de comerciais ligeiros: instalações para ensaios, bancos de teste, oficinas e acústica, desenvolvimento de protótipos, áreas de estudo de motores e bancos de ensaios, avaliações de qualidade, estudos de engenharia e oficina “phygital”.

 

Cada uma congrega competências específicas, com destaque para os bancos de ensaio, que são utilizados para validar, fisicamente, peças e componentes, como complemento de verificações digitais feitas previamente, para garantia de robustez e fiabilidade. Esses bancos são concebidos, propositadamente, para comerciais ligeiros, reproduzindo as condições de utilização mais exigentes encontradas pelos clientes empresariais e utilizados em testes regulamentares específicos.


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A um ritmo que nunca é interrompido –testes 24 horas por dia e sete dias por semana durante todo o ano –, a marca avalia cenários de desgaste de componentes específicos, reduzindo para cerca de 18 meses aquilo que um VCL comum encontra na vida útil, na estrada, geralmente, a rondar os 20 anos (ou 400.000 km). Por exemplo, são simulados mais de 900.000 atos de abertura ou fecho das portas, ou cerca de 450.000 entradas e saídas para o lugar do condutor.

 

No total, existem 30 meios de teste específicos para comerciais ligeiros, fazendo-se mais de 80 tipos de testes, envolvendo 80 engenheiros e técnicos, e cerca de 1000 sensores e sistemas de medição. Praticamente todos os elementos do chassis e da carroçaria são sujeitos a análises de resistência e fadiga, extremos pela violência – a suspensão é analisada em diferentes pisos com níveis aleatórios de severidade, e até a ancoragem dos cintos de segurança é experimentada até ao limite.

 

A marca francesa destaca, ainda, a implementação, em 2020, de programa da verificação durabilidade e resistência, que analisa 200 peças identificadas como potenciais fontes de incidentes. A partir destas baterias de testes, a marca consegue abordar quaisquer avarias e prevenir recorrências.



Outra área de destaque deste centro técnico é a da Acústica, que procura otimizar o ambiente sonoro dos VCL durante o ciclo de vida, da conceção à produção. Os engenheiros realizam testes específicos em diferentes tipos de ruído, dos relacionados com a aerodinâmica até ao ruído da ventilação, passando pelo rolamento, procurando melhorar a vivência a bordo com o mínimo de fadiga auditiva e mental para os condutores. Para o efeito, utiliza-se uma câmara semianecoica para avaliar os veículos de maiores dimensões. A verificação da componente acústica também inclui as vibrações sentidas pelo condutor, a partir do volante e do assento, contando, para o efeito, com um manequim equipado com sensores.


Aliar o físico ao digital 

Ao abrigo dos novos tempos, o centro VSF passou a reunir competências baseadas na digitalização, com uma área de investigação “phygital”, isto é, a utilização de meios digitais para avaliar recursos físicos com uma ferramenta unificada de simulação.


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Ao utilizar este conceito, a Renault permite uma interação entre a maquete virtual e a maquete física, tornando possível testar diferentes opções e comparar escolhas técnicas para criar a melhor experiência para o cliente. Também pode ser utilizada por todas as partes interessadas no projeto, incluindo os clientes.


A ideia do “phygital” é composta, neste espaço de desenvolvimento, por uma visualização de maquete 3D do carro em óculos de realidade virtual, estando associado ao “software” futuro do veículo, podendo o utilizador replicar a utilização esperada em meios físicos, naquela que é definida como uma experiência imersiva completa por parte dos engenheiros da Renault.

 

Numa demonstração, foi-nos exemplificado um modo de condução novo que permite uma utilização mais eficiente dos comerciais ligeiros futuros da Renault, como o Estafette ou o Trafic, que foi pensado para reduzir as perdas de tempo em cada entrega numa cidade.

 

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Consistindo num botão único, esse modo deixa o veículo imobilizado e pronto a arrancar, ativa os quatro “piscas” e facilita os processos de entrada e saída da viatura, numa poupança estimada em 46 s por entrega/paragem. Tudo isto enquanto funcionário da Renault usava óculos de realidade virtual para entrar num veículo virtual, do qual existia só, fisicamente, parte do habitáculo.


Esta é uma das valências novas que reforça a importância do centro de desenvolvimento e investigação, com Jean-François Vial, do Programa Global LCV do Grupo Renault, a sublinhar o peso histórico das instalações, mas também o contributo das mesmas para a conceção de comerciais ligeiros cada vez mais orientados para os clientes profissionais que fazem da eficiência de utilização uma prioridade.

 

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