IAA Mobility: Porsche 911 Turbo S
- José Caetano
- há 7 minutos
- 3 min de leitura
É a versão mais potente na história do 911, o desportivo de referência no catálogo da Porsche desde 1964. No Turbo S novo, variante da tecnologia T-Hybrid estreada em 2024, no Carrera GTS, que tem duas turbinas elétricas em vez de apenas uma, e 711 cv! À venda em Portugal por 324.121 € (339.324 € na variante Cabriolet). E há Cayenne Electric na rampa de lançamento!

Há versão nova no topo da gama mais emblemática da Porsche: este Turbo S com 711 cv é o 911 mais potente de sempre (supera o GT2 RS com 700 cv), é produzido como Coupé (324.121 €) e Cabriolet (339.324 €) e conta com desenvolvimento da tecnologia T-Hybrid estreado em 2024, no Carrera GTS com 541 cv, diferenciando-se, sobretudo, pelo facto de contar com duas turbinas elétricas em vez de só uma.
Comparado com o antecessor, este 911 Turbo S tem mais 61 cv (já o Turbo tem só 650 cv…), mas a eletrificação da motorização também aumentou o peso em 85 kg. Ainda assim, as “performances” progrediram, prometendo-se 0-100 km/h em 2,5 s e velocidade máxima de 322 km/h. No sistema, três máquinas elétricas, incluindo uma integrada no módulo da caixa automática de 8 velocidades (PDK) com função manual comandada sequencialmente em patilhas no volante. A tração é integral e a bateria que alimenta a rede complementar de 400 V também assegura a energia para o funcionamento das barras estabilizadoras.

O 911 Turbo S não é apenas mais potente do que antecessor. A Porsche também o apresenta como mais rápido, uma vez que percorre o Nürburgring-Norschleife em menos 14 s! Nesta superversão, sistema de travagem com discos carbocerâmicos de grandes dimensões, rodas de 20’’ no eixo dianteiro e 21’’ no traseiro, elementos aerodinâmicos ativos, nomeadamente asa traseira e difusor móveis, e Coupé com apenas dois bancos (em opção, e sem custos, mais dois traseiros; já no Cabriolet, de série, 2+2 lugares).
O equipamento do Turbo S é sumptuoso e, entre muitos outros elementos, integra faróis com tecnologia HD Matrix LED, pacote Sport Chrono, suspensão PASM com amortecimento variável e sistema de escape em titânio. Entre os opcionais para o Coupé, teto fabricado em fibra de carbono. Nas duas variantes do desportivo, este material pode encontrar-se tanto nas jantes como no limpa para-brisas!
Geração nova do Cayenne
A Porsche também prepara o início da produção de geração nova do Cayenne, que será a quarta desde 2002 e coexistirá na com a terceira introduzida em 2017, e que tem atualização programada para 2026. Este Sport Utility Vehicle (SUV) assenta na base do Macan Electric (ou do Audi Q6 e-tron), a Premium Platforma Electric (PPE) do Grupo Volkswagen, e tem arquitetura elétrica de 800 V e três níveis de potência: 406 cv (Cayenne), 608 cv (Cayenne S) e 816 cv (Turbo). Reivindicam-se até 600 km de autonomia e possibilidade de recargas da bateria com 108 kWh de capacidade, de 10% a 80%, em 16 minutos, por permitir carregamentos rápidos com potências até 400 kW!
No Cayenne Electric prometido para 2026 como SUV e SUV-Coupé, introdução de sistema de carregamento sem fios das baterias com células da LG. O carro novo é maior que o de 2017, com 4,979 m de comprimento (mais 49 mm) e 3,020 m entre eixos (mais35 mm), tem desenho muito semelhante ao do Macan Electric e dispõe de sistema capaz de recuperar até 600 kW de energia durante as desacelerações e as travagens. A capacidade do “frunk” (compartimento de carga dianteiro) é de 90 litros, e a da bagageira conta com um mínimo de 781 litros e um máximo de 1598.

Na marca alemã, menos vendas, menos receitas
A Porsche vive momento menos positivo, razão que alimenta muito rumores sobre os desinvestimentos, nomeadamente na competição automóvel e nas corridas de resistência – diz-se que a marca pode deixar ou o Mundial ou o campeonato norte-americano IMSA, ou os dois!... No primeiro semestre do ano, comparativamente a 2024, as vendas da marca diminuíram 6%, para 143.391 unidades.
Menos vendas, obviamente, significam, menos receitas e, principalmente, menos lucros operacionais, o que impõe a readaptação de estratégias, sobretudo devido ao abrandamento na procura de automóveis sem motores de combustão. Todavia, no mesmo período, as motorizações elétricas e eletrificadas representaram 36,1% das vendas (23,6% elétrica, 12,6% híbridas Plug-In).