Mercedes volta aos botões físicos no volante
- Pedro Junceiro
- 1 de out.
- 2 min de leitura
O Mercedes-Benz GLC, apresentado no Salão de Mobilidade de Munique (IAA Mobility 2025), revelou que também a marca alemã está a regressar ao conceito de comandos físicos no volante, a exemplo do que outros construtores têm feito recentemente.

Na apresentação do Mercedes-Benz GLC de nova geração, durante o Salão de Mobilidade de Munique, o aspeto visual exterior e a dotação tecnológica a bordo (sobretudo no caso do MBUX Hyperscreen com ecrã contínuo de 39,1 polegadas) concentraram as atenções, mas um olhar atento ao interior evidenciou outro aspeto importante – o regresso de alguns comandos de atuação física no volante.
Embora os comandos táteis de estilo háptico continuem a estar presentes no volante, é agora possível também comandar algumas funções, como o volume do sistema de áudio, a partir de teclas físicas, algo que os responsáveis da marca alemã justificam com a opinião de clientes e, também, da própria imprensa especializada.
Em declarações ao site Autocar, Magnus Östberg, diretor de Software da Mercedes-Benz, explicou que os “dados obtidos mostram que os botões físicos são melhores, pelo que voltámos a pô-los no volante”, fazendo também alusão ao facto de esse tipo de botões ser muito importante para alguns grupos etários e para alguns países.
Esta política, agora estreada com o GLC, está em contraponto com o que vinha sendo a norma na Mercedes-Benz em tempos recentes, com o volante “misto” entre botões físicos e digitais a caminhar para ser a norma nos modelos futuros da companhia alemã.
“Portanto, ter esse equilíbrio entre botões físicos e táteis é extremamente importante para nós”, garantiu Östberg, clarificando que apenas serão usados comandos físicos para alguns aspetos considerados essenciais, enquanto o foco na digitalização é para continuar.
Esta mudança de postura na Mercedes-Benz segue a de outros fabricantes, como a Volkswagen que, após várias tentativas de botões táteis nos volantes dos seus modelos, optou pelo regresso – de forma mais vincada – aos comandos táteis, como no Passat novo. A própria Euro NCAP, entidade que avalia a segurança dos automóveis novos colocados à venda na Europa, indicou que poderia vir a valorizar a presença de comandos físicos durante os seus testes de segurança.
Saiba mais sobre o GLC novo na próxima edição da revista E-AUTO (#17), em breve nas bancas.
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