Mercedes GLB novo também substitui EQB
- José Caetano

- há 3 horas
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A Mercedes-Benz tem GLB novo. Sucede ao homónimo de 2019 e ao EQB de 2021. O Sport Utility Vehicle (SUV) compacto com 5 ou 7 lugares posicionado entre GLA e GLC assenta na mesma plataforma com arquitetura elétrica de 800 V da terceira geração do CLA (MMA) e também tem versões sem motores térmicas. No início da comercialização, já na próxima primavera, 250+ com Tecnologia EQ por 57.700 € e 350 4Matic com Tecnologia EQ por 65.450 €.
O GLB novo, comparado com o antecessor, tem imagem mais desportiva – leia-se atlética e musculada –, o que pode atrair número maior de clientes. A ambição da Mercedes-Benz é tanto aumentar as vendas de carros elétricos, como promover o posicionamento de carro que cumpria mais pelas qualidades familiares (cinco ou sete lugares e interior muito adaptado às necessidades de versatilidade…) do que pelo estatuto. Neste ponto, no portefólio de marca alemã, há estrelas que brilham muito mais…
O recurso à plataforma com arquitetura elétrica de 800 V que o fabricante estreou nas gerações novas do CLA e CLA Shooting Brake representa uma mais-valia. Esta base encontra-se muito otimizada para carros que consomem eletricidade em vez gasolina e gasóleo, mas também admite motores térmicos. Assim, poucos meses depois do aparecimento das versões com Tecnologia EQ, na próxima primavera, o SUV também será proposto com mecânicas híbridas.

Autonomias de até 631 km
Aerodinamicamente, o GLB não consegue aproximar-se dos níveis de eficiência do CLA, mas este facto, mesmo penalizando as autonomias, não impede o fabricante de propor SUV com motorizações elétricas que percorre até 631 km entre recargas da bateria com 85 kWh de capacidade, de acordo com o protocolo europeu WLTP. O sistema de 800 V beneficia quer a potência, quer a velocidade de carregamento, reivindicando-se, respetivamente, até 320 kW e energia para mais 260 km com 10 minutos de alimentação em ponto rápido (corrente contínua). E o Mercedes-Benz, contando com o conversor CC, equipamento inscrito entre os opcionais, também pode utilizar a infraestrutura de 400 V. O carregador de bordo, de até 22 kW, conta com função bidirecional, o que permite a alimentação de equipamentos elétricos externos.
Nas dimensões, o GLB também muda. O SUV novo, comparado com o antecessor, ganha 98 mm em comprimento (4,732 m) e 60 mm entre eixos (1,889 m). Também no frente a frente com o EQB, mais 48 mm e 60 mm, respetivamente. Ainda assim, os progressos na habitabilidade são relevantes apenas no espaço para pernas nos bancos da segundo fila. Nos dois casos (considere-se o homónimo com duas filas de bancos e cinco lugares…), mais 68 mm para pernas.
A configuração do habitáculo tem, também, impacto na capacidade da bagageira, inferior nos GLB com três filas de bancos e sete lugares. A Mercedes-Benz anuncia 540 e 480 litros, e 1715 e 1605 litros, rebatendo os encostos dos bancos traseiros. Todavia, as versões com Tecnologia EQ do SUV novo desfrutam de compartimento extra sob o “capot” (“frunk”), com 127 litros, o que assegura mais capacidade para arrumações do que no GLB de 2019 e no EQB de 2019. No SUV com lotação maior, regulação longitudinal dos assentos ou da inclinação dos encostos dos bancos da segunda fila – nas versões com duas filas de bancos e cinco lugares, esta função é opcional.

Quarta geração do MBUX
Em opção, este GLB novo, como acontece no CLA, pode apresentar-se com grelha que integra 97 estrelas e o símbolo da marca retroiluminadas (conduzindo à noite, e por contar com identidade visual diferenciada e diferenciadora, o SUV sobressai na paisagem automóvel). Existem três linhas de acabamentos (Progressive, AMG e AMG Plus) e muitos pacotes de equipamentos (Pack Nigth, por exemplo) e admite-se a personalização do exterior e do interior de carro com tejadilho panorâmico de série (opcionalmente, pode contar com Sky Control que adapta a opacidade e, em ambientes noturnos, ou com muito pouca luz, “acende” 158 estrelas na superfície de vidro, o que beneficia a impressão de bem-estar no interior).
No painel de bordo, quarta geração do MBUX, com o Superscreen que associa três monitores: 10,25’’ para o condutor, à esquerda, 14’’ para o sistema multimédia, ao centro, e 14’’ para o passageiro dianteiro, à direita. Existem 11 estilos de ambiente para o interior e reconhecimento de voz alimentado por inteligência artificial (IA) e que combina tecnologias Google e Microsoft, o que assegura acesso a diversidade enorme de aplicações e a capacidades de atualização remota (“over-the-air”).
O GLB é produzido em Kecskemet, Hungria. O antecessor era fabricado no México (Aguascalientes), e o EQB na Alemanha (Rastatt). Curiosamente, o BMW iX3 novo, o concorrente mais importante do SUV novo Mercedes-Benz, faz-se, também, em unidade húngara (Debrecen), que a marca da hélice construiu, precisamente, para a construção do primeiro membro da Neue Klasse.
No arranque da comercialização do GLB, versões 250+ e 350 4Matic, ambas com a Tecnologia EQ e baterias NMC com 85 kWh de capacidade útil. Na primeira, motor traseiro com 200 kW (272 cv) que aciona apenas as rodas posteriores – anunciam-se 7,4 segundos na aceleração 0-100 km/h, 210 km/h de velocidade máxima e até 631 km de autonomia. Na segunda, também há motor elétrico dianteiro que move as rodas anteriores apenas em caso de necessidade, ação que faz com que o SUV dispunha de tração integral – a potência combinada é de 345 cv, o que melhora as “performances”, nomeadamente a rapidez no 0-100 km/h (5,5 segundos), uma vez que não existem diferenças na velocidade de ponta, que tem limitação eletrónica, mas penaliza, ligeiramente, a autonomia, que diminui para 614 km.
No GLB, sistema de travagem regenerativa com quatro programas. O modo D Auto adapta, automaticamente, a intensidade de atuação em função de fatores como a velocidade, o tráfego e a orografia do terreno (a capacidade máxima é de 200 kW). A Mercedes-Benz, no eixo posterior, conta com transmissão de duas velocidades, a exemplo do que a Porsche propõe no Taycan, por exemplo, fórmula que aumenta a eficiência.
Três versões híbridas na agenda
Poucos meses depois do início da carreira GLB novo, introdução da terceira versão elétrica, seguramente semelhante ao CLA 200 com Tecnologia EQ (motor com 165 kW/ 224 cv no eixo traseiro alimentado por bateria LFP com 58 kWh de capacidade útil), e das três propostas híbridas com mecânica 1.5 a gasolina, máquina elétrica integrada no módulo da caixa automática de 8 velocidades, de embraiagem dupla (8F-eDCT), e bateria com 1,3 kWh de capacidade. O sistema MHEV funciona como rede elétrica complementar de 48 V e tem a particularidade de mover o automóvel sem intervenção do motor de combustão interna, mas apenas quando a exigência de potência é reduzida.







































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