SUV de ultraluxo da BMW sob chancela da Alpina?
- António de Sousa Pereira

- há 2 horas
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Desde, pelo menos, 2020 que são muitos os rumores que sugerem que a BMW estará a preparar um SUV de (ultra)luxo, sob a designação X8, efetivamente capaz de concorrer com automóveis como, por exemplo o Bentley Bentayga. Havendo quem considere que essa foi a missão do XM, lançado em 2022, e primeiro modelo integralmente desenvolvido, desde o M1, de 1978, pela sua divisão (hoje submarca) desportiva BMW M.

Contudo, e não obstante ter sido o único automóvel do fabricante bávaro, homologado para circular na via pública, a alguma vez fazer uso de uma derivação “estradal” do motor 4.4-V8 biturbo híbrido criado para o BMW M Hybrid V8 LMDh de competição, a verdade é que, por um lado, a sua aceitação, em especial nos EUA, onde é fabricado, ficou sempre aquém das expetativas (ocupou, recorrentemente, o último lugar da tabela de vendas do fabricante germânico). E, por outro, que não faltam os que o têm considerado insuficientemente desportivo para uma criação da BMW M, e, também, não tão luxuoso, confortável e distinto quanto o necessário para poder ombrear, insista-se, com o seu já referido rival lançado pela marca de Crewe, em Inglaterra.
A solução para este dilema poderá passar, desde logo, por descontinuar, com a discrição possível, uma proposta que nunca conseguiu convencer como o esperado (e desejado), e dificilmente conhecerá uma segunda geração. Ao mesmo tempo aproveitando a oportunidade para recuperar a sigla X8 (registada pela BMW em 1998, um ano antes da sua entrada no mundo dos SUV, com o X5 original, da geração E53, mas, até hoje, nunca utilizada), e fazer uso dos direitos de utilização do nome Alpina, adquiridos em 2020, e, segundo o contrato firmado entre ambas as empresas bávaras, que a BMW a partir de 2026.

A reforçar esta teoria está o facto de a casa do hélice, como avança o site Autoblog, ter registado o nome XB8 junto do Instituto da Propriedade Intelectual da União Europeia (EUIPO – European Union Intellectual Porporty Office). De recordar que a letra “B” é, comummente, utilizada como prefixo, na designação dos seus modelos a gasolina, pela marca de Buchloe, fundada em 1965, e historicamente (e umbilicalmente) ligada à BMW, por propor interpretações personalizadas, e ainda mais potentes e refinadas, dos seus modelos (exemplo disso mesmo, a sua interpretação do X7, identificada pela sigla XB7).
Confirmando-se todas estas suposições, a BMW poderia, enfim, estar em condições de propor um SUV “opulento” com o posicionamento e o visual certos para vingar num segmento extremamente exigente. E, por decepcionante que o XM possa ter sido, também não é de esperar que o construtor de Munique comece a sua nova empreitada absolutamente do zero, sendo mais credível que a respetiva arquitetura sirva de base ao desenvolvimento de um putativo XB8, mas com outros níveis de conforto, e identificado por elementos estilísticos específicos, típicos da Alpina, como jantes, kit de carroçaria e paleta de cores exteriores. Importa é lembrar que, para que tal seja possível, será necessário que ocorra mais um facto inédito: a Alpina incluir na sua gama que não tenha um correspondente direto na oferta da BMW, já que, desde sempre, todas as suas criações tiveram sempre por base um BMW já existentes.







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