Aumentos de 4,5% na smart
- Pedro Junceiro
- 17 de dez. de 2024
- 2 min de leitura
A smart Portugal anunciou a manutenção dos preços dos modelos #1 e o #3, mas apenas até ao final deste ano, absorvendo, assim, os impostos adicionais aplicadas pela Comissão Europeia aos automóveis elétricos "made in" China comercializados no Velho Continente. Porém, no início de 2025, nos dois produtos, aumentos de 4,5%.

Procurando oferecer níveis de transparência elevados para os seus clientes – atuais e futuros –, a smart Portugal revelou que pretende manter os preços das atuais versões dos #1 e #3 até ao dia 31 de dezembro de 2024, absorvendo dessa forma a tarifa adicional imposta pela Comissão Europeia sobre os veículos elétricos importados da China.
Assim, os 18,8% de valor que o Grupo Geely (ao qual pertence a smart) terá de pagar na Europa sobre os seus automóveis produzidos na China será absorvido pela companhia até ao final deste ano, tornando-se inevitável, no entanto, que surjam aumentos a partir de 2025.
De acordo com a smart Portugal, a garantia de preços ao nível dos que eram praticados previamente a 1 de novembro de 2024, data da entrada em vigor das taxas, aplicar-se-á aos clientes que já tenham feito uma encomenda ou que tencionem fazê-lo até à segunda quinzena de janeiro de 2025. “Após essa data, em 2025, não poderão ser garantidos os preços dos modelos smart #1 e smart #3 ao nível de 2024 e vão sofrer um aumento de aproximadamente 4,5%”, lê-se em comunicado.

Clamando pela seu objetivo de oferecer “veículos premium totalmente elétricos em condições atrativas e altamente competitivas para os clientes em Portugal, na Europa e em todo o mundo”, a smart é uma das marcas que aborda assim o impacto das tarifas suplementares impostas pela Comissão Europeia sobre os veículos elétricos provenientes da China, aplicadas após uma investigação aos subsídios estatais oferecidos aos construtores locais.
As taxas variam consoante o nível de apoio estatal (e de outras ajudas, incluindo imobiliárias), mas também conforme o nível de cooperação para com as autoridades europeias. A BYD foi a companhia menos penalizada, com uma taxa de 17%, enquanto a SAIC está no polo oposto, com um valor de 35,3% (idêntico ao que aplicado às marcas que não cooperaram). Outras companhias cooperantes estão sujeitas a taxas de 20,7%, ao passo que há ainda o caso da Tesla, que pediu uma avaliação especial e terá uma taxa suplementar de 7,8% sobre os seus automóveis produzidos na China e importados para a Europa.
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