Primeira “pole” de Norris no Mónaco
- José Caetano
- há 4 dias
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Lando Norris, em McLaren-Mercedes, conquistou a primeira posição na grelha de partida para a 82.ª edição do Grande Prémio do Mónaco, a 71.ª consecutiva inscrita no calendário do Mundial de Fórmula 1. O britânico de 25 anos percorreu os 3,337 km do circuito nas ruas de Monte Carlo em 1.09,954 m, derrotando Charles Leclerc (Ferrari) sobre a "linha da meta" e apenas por 0,109 s, e “implodindo” recorde (1.10,166 m) de Lewis Hamilton, de 2019!

A qualificação para o Grande Prémio do Mónaco, a ronda 8 da edição de 2025 do Mundial de Fórmula 1, antecipava-se muito excitante e essa promessa cumpriu-se, com "mão cheia" de acidentes e incidentes na origem de bandeiras vermelhas que interromperam a ação, temporariamente, no primeiro e no segundo segmentos da sessão, e ponta final eletrizante, com quatro pilotos de duas escuderias a passarem pela frente da tabela de tempos – Oscar Piastri (1.10,140 m), Lando Norris (1.10,125 m), Charles Leclerc (1.10,063 m) e, novamente, Lando Norris (1.09.954 m)! Para o britânico de 25 anos da McLaren-Mercedes, primeira “pole position” no circuito de Monte Carlo, a segunda esta temporada (primeira na ronda 1, a 15 de março, no Albert Park de Melbourne, na Austrália) e a 11.ª na categoria!
Norris, que venceu o monegasco Charles Leclerc por 0,109 s, percorreu a pista com 3,337 km e 19 curvas em menos de 70 segundos, registo que “implodiu” recorde que Lewis Hamilton detinha desde 2019 (1.10,166 m), tornando-se, por isso, no proprietário da volta mais rápida de sempre às ruas do Principado. Este Grande Prémio do Mónaco é o 82.º, 71.º como etapa no Mundial de Fórmula 1. A corrida com 78 voltas tem arranque programado para as 14h00 de domingo em Portugal Continental.

Estatisticamente, nas primeiras 70 edições do Grande Prémio do Mónaco, a “pole position” representou 32 vitórias (cerca de 46%), mas a importância da qualificação tornou-se maior nos últimos 15 anos, com os pilotos na primeira posição da grelha de partida a ganharem corrida tão icónica em 13 ocasiões (87%) – três em cinco desde 2019. A McLaren é a equipa mais bem-sucedida neste circuito (15 vitórias, mais cinco do que a Ferrari, e 12 “pole positions”, menos uma do que a Scuderia), mas festejou apenas a primeira desde 2007 (Fernando Alonso) e não ganha no Principado desde 2008 (Lewis Hamilton). A escuderia campeã de construtores em 2024 está no comando do campeonato de 2025, com 279 pontos, “contra” 147 da Mercedes e 131 da Red Bull, e somou cinco vitórias nas primeiras sete rondas do Mundial, encontrando-se, por isso, em posição (muito) privilegiada para acabar com jejum tão prolongado!

“Sinto-me muito bem com este resultado, sobretudo não estar nesta posição já há muito tempo. E é ótimo consegui-lo aqui, na minha segunda corrida ‘doméstica’ [o britânico reside no Mónaco]. O trabalho da equipa foi fantástico, assumi o risco que tinha de assumir no final da sessão e valeu a pena! Este ano, com as duas paragens obrigatórias, não é fácil antecipar o grande prémio, mas quero pensar nisso apenas à noite, depois de desfrutar de momento tão especial”, disse Lando Norris.
Duas paragens obrigatórias durante a corrida!
O circuito de Monte Carlo, habitualmente, não proporciona corridas sensacionais. A pista monegasca é estreia e tem poucos pontos de ultrapassagem, razão por detrás de mudança muito significativa nos regulamentos, por obrigar todos os pilotos a utilizarem três conjuntos de pneus durante o grande prémio, o que significa, no mínimo, duas paragens nas boxes – por norma, no Mónaco, faz-se apenas uma.
Este ano, para somar alguma dose de imprevisibilidade a corrida sempre demasiado previsível, devido às características especiais do circuito monegasco, utilização obrigatória de três conjuntos de pneus (logo, duas paragens) durante o grande prémio.
O objetivo é somar imprevisibilidade à corrida, por impor o recurso a estratégias muito menos conservadoras. E o tetracampeão Max Verstappen, da Red Bull, manifesta-se adepto da regra nova. O piloto neerlandês conseguiu só o quinto melhor registo da qualificação, mas arranca para o grande prémio da quarta posição da grelha, por beneficiar, diretamente, de penalização a Lewis Hamilton, da Ferrari, que "perturbou" volta rápida do "número um" no primeiro segmento da sessão deste sábado. “Esta alteração pode tornar tudo um pouco mais ‘picante’, o que beneficia o espetáculo”, concluiu.

Entre os “azarados” desta qualificação, os dois pilotos da Mercedes: Russell “saiu de cena” no início da Q2, com problema técnico no monolugar, e Kimi Antonelli despistou-se no fim da Q1 e não esteve na segunda parte da sessão. Isack Hadjar, da Racing Bulls-Honda RBPT, foi o melhor “rookie”, com o sexto tempo a valer-lhe uma quinta posição na grelha de partida – melhor resultado da temporada para o francês!
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