Numa fase de “transformação industrial profunda”, o consórcio Stellantis, depois da saída do administrador-delegado, o português Carlos Tavares (e sucessor, procura-se!), confirmou os compromissos com a Opel e a Alemanha, tranquilizando trabalhadores e autoridades políticas do país no que respeita à relevância da marca para o futuro da companhia.

Contrastando com os sinais mais alarmantes que a congénere Volkswagen tem enviado quanto à vitalidade da indústria europeia, a Stellantis sublinhou o seu compromisso para com a Opel e para com a Alemanha, tranquilizando as bases laborais e as entidades políticas germânicas.
John Elkann, presidente da Stellantis, visitou a fábrica da Opel em Rüsselsheim, Alemanha, e reafirmou a importância da marca do relâmpago para o futuro do consórcio industrial, sossegando os trabalhadores da empresa e os políticos alemães
Esta posição foi salientada ao mais alto nível, durante uma visita à fábrica de Rüsselsheim por parte do Presidente da Stellantis, John Elkann, e de Xavier Chéreau, responsável de Recursos Humanos e Património da Stellantis e Presidente do Conselho de Supervisão da Opel Automobile GmbH.

Juntamente com Florian Huettl, CEO da Opel e Diretor-Geral da Stellantis Alemanha, visitaram a unidade de produção, “berço” do Opel Astra e do DS4, da DS Automobiles, marca que também pertence à Stellantis.
Os trabalhadores e os parceiros sociais também receberam uma visão do futuro portefólio de modelos da Opel no Centro de Design, sendo este mais um passo de consolidação da Opel no seio da Stellantis.
“A Opel e a Alemanha são muito importantes para a Stellantis. Num momento de profunda transformação industrial, fiquei feliz por aproveitar a oportunidade desta visita a Rüsselsheim para reafirmar o nosso compromisso para com as operações alemãs da Stellantis e o nosso diálogo de alta qualidade com os nossos principais parceiros e partes interessadas, em particular o IG Metall [NDR: maior sindicato da indústria na Alemanha]. Esta abordagem cooperativa trará oportunidades sustentáveis para todos na Alemanha, sendo um primeiro exemplo a construção do grEEn-campus em Rüsselsheim”, afirmou o Presidente da Stellantis, John Elkann.

“A rapidez com que as nossas fábricas alemãs se transformaram em locais de produção eficientes e de última geração é impressionante. É claro que não podemos deixar de aumentar continuamente a nossa competitividade e qualidade na produção e no serviço ao cliente. Gostaria de agradecer ao IG Metall e ao nosso conselho de trabalhadores pela colaboração construtiva e de confiança”, acrescentou Xavier Chéreau.
Pelo mesmo prisma, também Huettl, administrador delegado da Opel, salientou que a Opel está a construir as suas bases para um futuro frutuoso, garantindo estar a “olhar para o futuro com confiança e vamos continuar a desempenhar um papel pioneiro na transformação da indústria automóvel e surpreender os nossos clientes com modelos excitantes”.

Regresso à ACEA
Paralelamente, Elkann confirmou também que a Stellantis está de volta à Associação Europeia de Construtores Automóveis (ACEA), dando assim o seu contributo para o fortalecimento do setor na Europa. Sob a liderança de Carlos Tavares, devido a divergências entre os fabricantes (e os fabricantes e as autoridades europeias), o consórcio abandonou a organização.
“Tencionamos colaborar de forma construtiva com todas as partes interessadas, desde os nossos parceiros sindicais e comerciais até aos líderes políticos, para identificar uma via comum que conduza a um futuro sólido para o nosso setor. A nossa estratégia e o nosso empenho na eletrificação permanecem inalterados”, sublinhou John Elkann.
O Presidente do Stellantis partilhou os seus pontos de vista com Ursula von der Leyen, Presidente da Comissão Europeia, em conversas recentes.
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