O português Carlos Tavares vai deixar o cargo de administrador-delegado da Stellantis no início de 2026. O nome do sucessor será conhecido no quatro trimestre do próximo ano. O anúncio foi feito pela própria companhia, que também confirmou uma remodelação muito profunda na organização.
O consórcio Stellantis, colocando o ponto final nos rumores que circulavam há semanas a mais, penalizando o funcionamento da companhia, anunciou a saída de Carlos Tavares do comando da empresa no início de 2026, no fim do contrato. O português ingressou na PSA em 2014 e liderou as negociações com a Fiat Chrysler Automobiles (FCA), a base da fusão na origem da formação do conglomerado industrial criado em 2021. Depois, tornou-o num dos fabricantes automóveis mais rentáveis do mundo.
Atualmente, a Stellantis atravessa momento menos bom
Atualmente, a Stellantis atravessa momento menos bom (muitos analistas classificam-no mesmo como “muito delicado”), devido à quebra nos lucros e nas vendas, sobretudo nos EUA, que está a perturbar os níveis de confiança tanto de acionistas como de investidores.
A empresa já tinha divulgado que estava à procura de substituto para o português, mesmo mantendo aberta a porta à possibilidade de reconduzi-lo no cargo, independentemente da idade de Carlos Tavares (66 anos).
Outras mudanças
Paralela e simultaneamente, a Stellantis anunciou várias mudanças na estrutura diretiva, com a nomeação de Jean-Phillipe Imparato para o cargo de responsável de operações da Europa, função que passa a acumular com a direção da divisão Pro One de comerciais. O francês de 58 anos sucede a Uwe Hochgeschurtz, que deixa a companhia.
A Stellantis anunciou várias mudanças na estrutura diretiva
Imparato perde o comando da Alfa Romeo e Davide Grasso o da Maserati. A liderança das duas marcas passa para as mãos de Santo Ficili. Outra mudança relevante é a de Antonio Filosa para a direção das operações da Stellantis na América do Norte, papel que soma ao de administrador-delegado da Jeep, função em que sucede a Carlos Zarlengo.
Finalmente, Doug Ostermann assume a direção financeira da companhia, abandonando o comando das operações do consórcio na China. Esta “revolução” acontece nas vésperas da edição de 2024 do Mondial de l’Auto, em Paris, entre os dias 14 e 20, facto que coloca a Stellantis (ainda mais) no “olho do furacão”, devido à pressão mediática com que todos os diretores do fabricante serão confrontados durante o certame na capital francesa.
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