Chama-se Supercat, é um superdesportivo produzido em edição muito limitada e equipado com um motor V12 que tem mais de 600 cv. Baseia-se na plataforma do Jaguar XJS e apresenta-se como o primeiro membro de uma família nova de automóveis com a chancela de uma empresa que tem “pedigree” na competição automóvel.
A TWR, criada em 1976 por Tom Walkinshaw como empresa especializada na preparação de carros de competição de várias marcas, ganhou fama e proveito, sobretudo, pelas muito bem-sucedidas participações em corridas de resistência em parceria com a Jaguar. Após a morte do fundador, em 2010, o filho, Fergus, decidiu recriar a TWR, com um foco orientado mais para os automóveis de estrada, do qual o Supercat é o primeiro modelo conhecido.
A ideia por detrás do TWR Supercat é a de disponibilizar um automóvel para entusiastas que têm paixão pela condução desportiva, sendo o resultado de mais de dois anos de conceção, tendo por base o Jaguar XJS e evocando o período mais glorioso da TWR “original”, na década de 1980, obtendo vitórias em pistas tão emblemáticas como Bathurst (Austrália) e Spa-Francorchamps (Bélgica). Mas, noutra evocação histórica, o Supercat terá produção limitada a apenas 88 exemplares, número que representa homenagem ao triunfo do TWR Jaguar XJR-9 na edição de 1988 das 24 Horas de Le Mans!
Prioridade às emoções
Ao desenvolver este conceito, a TWR procurou oferecer uma experiência mais pura a recuperar muitos dos preceitos da competição, como por exemplo, na oferta de caixa manual, materiais de baixo peso e um programa de testes exaustivo, inspirando-se em modelos históricos como osXJR-9, XJR-15 e até mesmo no superdesportivo XJ220.
Liderada por Fergus Walkinshwaw, a equipa de engenharia contou com elementos com experiência recolhida noutras grandes marcas da indústria e da competição automóvel, incluindo McLaren, Ferrari, Porsche, Williams, Mercedes F1 e Renault F1, procurando, assim, um grupo capaz de elevar os padrões nos domínios da aerodinâmica e da engenharia.
Muito do desenvolvimento e do programa de testes decorreu em centros especializados utilizados por algumas daquelas marcas, não faltando também um aturado trabalho de desenvolvimento com recurso a meios computacionais (CFD) que replicaram a condução em circuito e noutras condições muito exigentes. O desenho do TWR Supercat ficou a cargo de Khyzyl Saleem, que anteriormente havia trabalhado noutros construtores e em projetos com Ken Block e Travis Pastrana. Além disso, Magnus Walker, outra figura do mundo do "design" automóvel e colecionador, serviu de consultor para o desenho.
O resultado é um desportivo com aspeto radical e formas volumosas que presta homenagem a modelos de competição do passado, nomeadamente no que toca às vias bastante largas, "capot" esculpido e longo sobre um motor V12 sobrealimentado e altura ao solo bastante diminuta. Cada painel exterior foi concebido em fibra de carbono, num reflexo da apologia da competição de baixo peso e elevada rigidez da carroçaria, a qual, revela a TWR, exigiu por si só milhares de horas de desenvolvimento. O interior apenas será revelado mais perto da estreia dinâmica, planeada apenas para o verão.
Ainda sem grandes detalhes conhecidos do motor, além de que será um V12 com mais de 600 cv, a marca escolheu, ainda, uma caixa manual de 6 velocidades para uma experiência mais analógica e componentes inspirados na competição.
Com o livro de encomendas agora aberto para as 88 unidades, os interessados devem pagar um sinal de 10 mil libras esterlinas, com um preço final esperado (sem impostos) em torno das 225.000 libras esterlinas. O montante a pagar encontra-se dependente do nível de personalização exigido por cada cliente. As primeiras entregas estão previstas para o quatro trimestre.
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