Volvo reforça investimento nos EUA

A Volvo anunciou mais investimentos nos EUA, necessários para aumentar a capacidade da fábrica em Charleston, na Carolina do Sul, para atingir, rapidamente, a capacidade instalada prevista para a unidade. A empresa também confirmou que pretende introduzir carro novo nas linhas de montagem até 20230. Trata-se de automóvel com motorização híbrida destinado ao mercado norte-americano.

A unidade industrial da Volvo Cars encontra-se em Ridgeville, arredores de Charleston, e apresenta-se preparada para produzir até 150.000 automóveis por ano. Na última década, o fabricante investiu cerca de 1,3 mil milhões de dólares numa infraestrutura construída para alavancar o crescimento do construtor (mais volumes, melhor desempenho). A estratégia é de adaptação da gama aos mercados regionais.

Atualmente, a fábrica de Charleston produz apenas o EX90 e o Polestar 3, dois automóveis que têm apenas motorizações 100% elétricas, mas a geração nova do XC60, a partir do fim do próximo ano. E este carro é fundamental para a Volvo nos EUA – a marca sueca vendeu mais de 27.000 unidades nos primeiros oito meses do ano, número que representa um aumento de quase 20%, na comparação com o mesmo período de 2024.

Antes de 2030, em Ridgeville, também será produzido automóvel híbrido novo, desenvolvido pelos suecos “à medida” das características do mercado norte-americano. “Estes planos reforçam o nosso compromisso de longo prazo com os EUA e as operações industriais na Carolina do Sul. Vendemos mais de 5 milhões de carros no país e pretendemos vender muitos mais”, afirma Hakan Samuelsson, administrador-delegado da Volvo, que está a comemorar 70 anos de atividade na América do Norte.

XC60 “protegido” das tarifas 

Além da popularidade de que desfruta nos EUA, o XC60 é automóvel importante para as operações globais da Volvo. Recentemente, o Sport Utility Vehicle (SUV) superou o 240 como o produto mais vendido na história da marca, com mais de 2,7 milhões de unidades

Mas, no caso do mercado norte-americano, a produção do modelo na Carolina do Sul tem, também, a vantagem de protegê-lo das tarifas aduaneiras impostas às importações pela administração Trump. “Reforça-se a competitividade do XC60 na América do Norte e criam-se empregos na região”, disse Samuelsson.