Aston Martin: mais capital nos carros e menos na F1
- Pedro Junceiro
- 2 de abr.
- 2 min de leitura
A Aston Martin, pelas mãos de Lawrence Stroll, atual Presidente da companhia, anunciou o investimento de 125 milhões de libras esterlinas (cerca de 150 milhões de euros) na divisão de automóveis, com a marca a vender uma parte da sua participação na equipa de Fórmula 1.

Enfrentando grande concorrência no mercado dos desportivos de luxo, a Aston Martin procura inverter a situação difícil no negócio de automóveis de produção em série. O passo mais recente passa pela injeção de 125 milhões de libras esterlinas (cerca de 150 milhões de euros à taxa de conversão atual) na marca britânica, por intermédio do aumento de participação de Lawrence Stroll na Aston Martin. Por outro lado, essa medida será acompanhada pela venda de uma parte da equipa de Fórmula 1, a Aston Martin Aramco F1 Team.
Fruto de resultados comerciais aquém dos esperados em 2024, com uma descida de 9% nas entregas face a 2023 (6.030 unidades entregues em 2024 contra as 6.620 de 2023), em grande parte justificada pela quebra do mercado chinês, a marca já reduziu o número de trabalhadores no mês passado, despedindo 170 funcionários para reduzir custos.
Neste sentido, para estabelecer fundações mais sólidas para o futuro da Aston Martin, Lawrence Stroll, através da Yew Tree Consortium, anunciou que pretende aumentar a sua participação de 27,7% para 33% (dependendo de aprovação das autoridades), traduzindo-se numa cumpra de 75 milhões de ações a 70 cêntimos cada (ou seja, um investimento direto de 52.5 milhões de libras esterlinas). No entanto, Stroll terá mesmo a ambição de chegar aos 35% de participação na marca de Gaydon.
Esta movimentação “animou” as ações da Aston Martin em bolsa, tendo subido mais de 10% depois de ter sido conhecida a intenção do Presidente.
Por seu turno, Stroll irá ainda vender uma parte da participação na equipa de Fórmula 1, no valor aproximado de 74 milhões de libras esterlinas (cerca de 88.5 milhões de euros), o que não irá afetar o empenho da companhia na modalidade, tanto mais que foi concluído recentemente um investimento avultado em novas infraestruturas (incluindo um túnel de vento) e na contratação de Adrian Newey, projetista que é conhecido como o “mago da aerodinâmica” na Fórmula 1. A equipa tem também um acordo com a Honda para que a marca japonesa forneça unidades de potência híbridas de nova geração para 2026.
Comments