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Foto do escritorJosé Caetano

BMW 120d Auto 48V

Na marca de Munique, Série 1 novo. Nesta quarta geração, evolução muito importante do compacto protagonista de revolução na terceira, em 2019, devido à mudança da tração traseira para dianteira, com o recurso à tecnologia MHEV para menos consumos e os gases de escape. E, não, os alemães (ainda) não desistiram das mecânicas a gasóleo!


BMW 120d Auto 48V

A história do automóvel tem muitos capítulos. Um dia, contar-se-á toda a verdade sobre a desgraça das mecânicas a gasóleo, que perderam toda a popularidade de que desfrutavam em Portugal e na Europa, passando de dominantes nas vendas a… residuais – e provam-nos os números mais recentes das matrículas no nosso País, de setembro, com os Diesel a representarem só 8,7% dos registos novos, “contra” os 36% dos modelos com motores a gasolina e os 55,2% alimentados por energias alternativas, incluindo os elétricos (18,4%).


A BMW tem geração nova do Série 1, a quarta desde 2004. Então, os motores a gasóleo eram muito populares na Europa. Os alemães não abandonaram a tecnologia, mas a procura está a diminuir muito rapidamente.

 

É neste contexto hostil que a BMW introduz uma geração nova do Série 1, a quarta desde 2004, e a segunda desde a passagem da tração traseira para dianteira, o que coincidiu com o F40 de 2019, o terceiro membro de “espécie”, que facilitou muito o acesso à gama de marca alemã com aura de prestígio acima da média, a exemplo da Audi ou da Mercedes-Benz – a primeira compete na mesma categoria com o A3 Sportback, e a segunda com o Classe A, e as três têm derivados com o formato SUV dominante na Europa (respetivamente, X1/X2, Q3/Q3 Sportback, e GLA/GLB).



Se a terceira geração do Série 1 representou revolução na BMW, com a introdução da tração à frente, esta quarta, que tem o nome de código F70, não é mais do que uma evolução do automóvel apresentado há cerca de cinco anos, por assentar na mesmíssima plataforma (UKL2), ou partilhar até os 2,670 m entre eixos. Registam-se, todavia, progressos no desenho, sobretudo no interior, e no equipamento, com aumento importante dos conteúdos tecnológicos. Assim, satisfazem-se todas as exigências dos reguladores europeus no domínio da segurança, o que pressupõe, obrigatoriamente, mais e melhores assistentes eletrónicos à condução.


BMW 120d Auto 48V

Para o arranque da carreira comercial do F70, sucessor do F40, a BMW investiu em gama com quatro motorizações, que mantém duas unidades a gasóleo, mesmo se a procura desta tecnologia diminuiu de forma muito pronunciada. Todavia, decidiu fazê-lo de forma diferente, equipando este BMW 120d com tecnologia de eletrificação. A mecânica 2.0 Diesel, com 150 cv 360 Nm, apresenta-se apoiada por motor elétrico com 15 kW (20 cv) e 55 Nm, que é alimentado por bateria de iões de lítio com 0,96 kWh de capacidade, arrumada sob a bagageira, posicionamento que compromete a capacidade do compartimento de carga (perde 80 litros na configuração normal, e 65 com os encostos dos bancos posteriores rebatidos).



As vantagens da tecnologia conhecem-se. A rede elétrica complementar assegura que o motor atua como gerador para o arranque da mecânica de combustão, ação que desliga, automaticamente, o 2.0 Diesel a baixa velocidade, ou no pára-arranca tão comum nos ambientes urbanos repletos de semáforos. O sistema tem, ainda, o potencial de apoiar o esforço da unidade de 4 cilindros com doses pequenas de binário e potência, que (quase) eliminam, por exemplo, os atrasos na resposta do turbocompressor a todos os movimentos no pedal do acelerador, como é comum acontecer nos motores sobrealimentados, o que beneficia o conforto, a dinâmica e a rapidez na condução. Por fim, esta vertente elétrica alimenta diversos sistemas do automóvel, o que diminui a necessidade de intervenção do propulsor principal. E, assim, consegue-se, também, reduzir os consumos de combustível e os gases de escape, obtendo-se, simultaneamente, “performances” melhores – a marca reivindica média de 4,3 l/100 km, conseguimos 4,7 durante esta avaliação a modelo capaz de 0-100 km/h em 7,9 segundos e velocidade máxima acima de 220 km/h.


BMW 120d Auto 48V

No 120d, no volante, à esquerda, encontra-se patilha BOOST, que liberta a energia máxima disponível no sistema híbrido (163 cv/110 kW e 400 Nm) durante apenas 10 segundos. A ativação do programa é-nos indicada na instrumentação, e também é possível confirmar a “reserva” disponível em menu específico. Esta função recorre apenas ao motor elétrico, que apoia o térmico sempre que procuramos “sprint” ou um extra de força para realizar ultrapassagens, por exemplo.


Abandono das caixas manuais

O Série 1 novo confirma, ainda, a tendência para o abandono das caixas manuais, “hardware” que quase não admite atualizações de “software”. Neste compacto da BMW, todas as versões dispõem de sistemas automáticos de embraiagem dupla e 7 velocidades, disponibilizando-se, todavia, função manual comandada de forma sequencial em patilhas no volante, o que envolve mais quem está ao volante na condução. E, como habitualmente, também existem diversos modos de ação para regulação do funcionamento da caixa, do programa de estabilidade, da direção ou da mecânica – selecionam-se em menu no monitor do sistema multimédia, ou no comando “My Modes” na consola entre os bancos dianteiros. O Efficient aumenta a eficiência, o Sport contribui para o aumento da diversão de quem conduz.


BMW 120d Auto 48V

O F70, comparado com o F40, tem mais 42 mm de comprimento, 1 de largura e 25 de altura. A BMW também operou mudanças no chassis, que aumentaram “q.b.” a rigidez estrutural, e modernizou a direção, as barras estabilizadoras e a suspensão, que ganhou amortecedores mais sensíveis às frequências originadas pelo piso e o rolamento do automóvel, para resposta mais firme sobre asfaltos regulares, e mais suave nos irregulares. Este equipamento integra o Pack Desportivo M (3500 €), que recomendamos, por otimizar o conforto e o controlo de movimentos da carroçaria em curva. Assim, mais agilidade, precisão e segurança. Entre os equipamentos na unidade à prova, jantes de 19’’ (600 €), travões M (670 €), Assistente de Condução Plus (820 €), som Harman Kardon (570 €), e Pack Premium Plus (3310 €) com apoio “profissional” ao estacionamento (permite manobrar o BMW desde o exterior, com recurso a aplicação em “smartphone”!), acesso Comfort e Head-Up Display, entre muitos outros itens.



A quarta geração do Série 1 conta com a versão mais recente do sistema operativo da BMW (iDrive 9.0), o “motor” da apresentação e dos conteúdos do monitor curvo no painel de bordo, que combina os ecrãs digitais da instrumentação (10,25’’) e do equipamento multimédia (10,7’’), que admite integração sem fios do Android Auto e do Apple CarPlay, e pode dispor de ligação permanente à Internet. Quase não há comando físicos no painel de bordo, mas a marca desenvolveu tecnologia fácil de utilizar. Todavia, na ergonomia, podem apontar-se-lhe insuficiências. Por exemplo, é impossível regular a climatização sem retirarmos os olhos da estrada, o que não recomendamos.


Materiais reciclados e recicláveis

Finalmente, aplausos para a qualidade dos materiais (reciclados e recicláveis…), e para o rigor na montagem, dois “mínimos” cumpridos por compacto com preço “à medida” do posicionamento “premium” da marca alemã, mesmo descontando os (muitos) opcionais.


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